Autor: John Boyne
Editora Seguinte
Ano: 2016
Número de páginas: 225
Livro recebido em parceria com a editora
Comovente! Não há melhor palavra para definir essa leitura. O menino no alto da montanha, de John Boyne, publicado pela Editora Seguinte, é um livro profundo e emocionante. Geralmente, histórias que se passam no período da Segunda Guerra são tocantes porque tratam da dor humana elevada a máxima potência. Este livro, porém, possui uma peculiaridade: ele não nos mostra o que aconteceu nos campos de concentração, nos guetos ou no front, pois a reflexão que ele nos traz é sobre o poder e sua capacidade de envolver e de corromper os inocentes. O livro trata, ainda, do arrependimento frente as omissões ou ações irreversíveis, que geram culpas a serem carregadas por toda uma vida.
A narrativa inicia em 1936, na cidade de Paris, e conta a história de Pierrot, um menino de apenas sete anos, que se vê órfão de pai e de mãe. Émilie, a mãe do garoto, era francesa, mas o seu pai, Wilhelm, era um ex-soldado alemão que havia lutado na Primeira Guerra, e trazia, como herança, uma imensa dor por tudo o que vira e por tudo que fora obrigado a fazer na guerra. Esse trauma o levou ao alcoolismo, tornando-o, por vezes, um fardo difícil para a família carregar. Com a morte do pai, e logo depois da mãe, o menino se vê obrigado a separar-se de seu melhor amigo, Anshel, e de seu cachorro, D'Artagnan. A mãe de Anshel, que era judia, não quis ficar com Pierrot porque o menino era gói. Então, alegando falta de condições financeiras para criar o pequeno, ela o envia a um orfanato.
Pierrot, no entanto, não fica por muito tempo no orfanato, indo morar no alto de uma montanha em Salzburgo, sob os cuidados de sua tia Beatrix, irmã de seu pai. A tia do menino logo compra roupas e sapatos novos para ele, corta os seus cabelos à maneira alemã e troca o seu nome, de Pierrot para Pieter, pois o garoto deve tornar-se um verdadeiro alemão. Além disso, Pierrot não pode mais receber cartas de seu amigo judeu, o Anshel, a não ser que utilizem um código que não denuncie a origem judaica de Anshel. O motivo? Tia Beatrix é governanta de ninguém menos do que Adolf Hitler.
A narrativa inicia em 1936, na cidade de Paris, e conta a história de Pierrot, um menino de apenas sete anos, que se vê órfão de pai e de mãe. Émilie, a mãe do garoto, era francesa, mas o seu pai, Wilhelm, era um ex-soldado alemão que havia lutado na Primeira Guerra, e trazia, como herança, uma imensa dor por tudo o que vira e por tudo que fora obrigado a fazer na guerra. Esse trauma o levou ao alcoolismo, tornando-o, por vezes, um fardo difícil para a família carregar. Com a morte do pai, e logo depois da mãe, o menino se vê obrigado a separar-se de seu melhor amigo, Anshel, e de seu cachorro, D'Artagnan. A mãe de Anshel, que era judia, não quis ficar com Pierrot porque o menino era gói. Então, alegando falta de condições financeiras para criar o pequeno, ela o envia a um orfanato.
Pierrot, no entanto, não fica por muito tempo no orfanato, indo morar no alto de uma montanha em Salzburgo, sob os cuidados de sua tia Beatrix, irmã de seu pai. A tia do menino logo compra roupas e sapatos novos para ele, corta os seus cabelos à maneira alemã e troca o seu nome, de Pierrot para Pieter, pois o garoto deve tornar-se um verdadeiro alemão. Além disso, Pierrot não pode mais receber cartas de seu amigo judeu, o Anshel, a não ser que utilizem um código que não denuncie a origem judaica de Anshel. O motivo? Tia Beatrix é governanta de ninguém menos do que Adolf Hitler.
Logo Pierrot conquista a simpatia do nazista, e torna-se membro da Juventude Alemã. Conforme Pierrot vai se envolvendo com Hitler e ganhando a sua confiança, vão ocorrendo transformações na personalidade do menino. No decorrer da narrativa vamos acompanhando uma espécie de movimento circular que acontece com o joven, que nasce Pierrot, torna-se Pieter e, após as voltas que ocorrem em sua vida, reencontra-se novamente com o Pierrot que fora um dia, porém, agora, mais velho, carregando cicatrizes que o acompanharão pela vida. Pierrot é um personagem que desperta sentimentos antagônicos, pois ainda que, em alguns momentos, torne-se algoz, nunca deixa de ser uma vítima de todo um contexto. Em O menino no alto da montanha, John Boyne nos presenteia com uma trama intensa, repleta de segredos, traições, conspirações e arrependimentos. O livro é todo narrado em terceira pessoa, para no final, nos trazer uma bela surpresa acerca desse narrador. Asseguro que a obra consiste em uma excelente leitura para jovens e adultos de qualquer idade.
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