Publicado em 1880, o clássico épico do tempo de Jesus, Ben-Hur, de Lew Wallace, lançado recentemente pela Editora Jangada, é um livro que deu origem a vários filmes, sendo que a primeira produção, de 1959, com doze indicações para o Oscar, levou onze estatuetas, incluindo melhor filme, melhor diretor e melhor ator. A versão cinematográfica mais recente tem no seu elenco o ator Jack Huston como Ben-Hur, e Rodrigo Santoro como Jesus, e será lançada em agosto deste ano, aqui no Brasil, em versões 3D e 2D, ou seja, ainda dá tempo de ler o livro antes de assistir ao filme. Mais informações sobre o filme, AQUI.
O livro conta a história de Judá Ben-Hur, homem íntegro e devotado à família e à religião, que, traído pelo melhor amigo, Messala, acusado de um crime que não cometera, é condenado à escravidão. O "amigo" o acusa de atentar contra a vida do cônsul romano, em uma época em que o Império Romana tem grande poder e domínio. É então que inicia a saga de Ben-Hur, e durante todas as situações difíceis pelas quais o protagonista passa, o leitor acompanha e vivencia suas angústias e superações. Ben-Hur não sabe o que sucedeu com sua mãe e com sua irmã, pois sua casa foi desmoralizada e todos os seus bens confiscados, tendo o traidor Messala como um dos beneficiários.
Mas sendo um homem de bem, dotado de uma personalidade cativante, o nosso protagonista encontra ajuda de pessoas importantes, como o próprio Jesus Cristo. Ben-Hur conquista a confiança de um homem muito rico, cidadão romano que o torna livre, enviando-o a Roma para aprender técnicas de luta da época. Após passar por inúmeras situações muito difíceis, Ben-Hur consegue voltar para reencontrar a sua família e para vingar-se de Messala, vencendo-o em uma corrida muito emocionante (não é à toa que a história se presta tão bem a adaptações cinematográficas).
Quando Judá Ben-Hur conhece Baltazar, um dos três reis magos da história de Jesus, ele começa a se interessar pelos ensinamentos do Messias, seguindo-o por um longo tempo e presenciando milagres muito importantes, como a cura da mãe e da irmã, condenadas pela lepra. O nosso herói consegue entender a visão espiritual, trazida por Jesus, do Reino de Deus, e participa de momentos importantes da vida do Mestre. Ele está presente em seu batismo e em sua crucificação, da mesma forma que o Cristo participa do momento mais tristes de sua vida, quando ele fora levado como escravo, momento em que Jesus lhe oferece água. A fé e a busca espiritual constituem-se no eixo que sustenta a história. Ben-Hur traz uma narrativa envolvente, cuja ambientação nos transporta para dentro do livro, fazendo com que as mais de 500 páginas não se tornem pesadas, ao contrário, ficamos presos ao livro na tentativa de saber como a história se desenrolará. Para mim, que aprendi a amar os filmes épicos (e Ben-Hur, inclusive) desde muito jovem, o livro é uma pérola. Recomendo a leitura da obra aos amantes de épicos e de relatos bíblicos, mas sobretudo, a quem aprecia uma leitura de qualidade.
Abaixo deixo dois vídeos, o primeiro é o trailer do filme que será lançado em agosto; o segundo traz algumas imagens do filme de 1959, ganhador das onze estatuetas.
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