A sétima morte - Autor: Paul Cleave - Editora Fundamento - Ano: 2012 - Número de páginas: 312 - Skoob - Cortesia da editora
Ao iniciarmos a leitura de A sétima morte, do autor neozelandês Paul Cleave, publicado pela Editora Fundamento, a percepção que temos é de um homem que, ao chegar em casa depois de um dia de trabalho, toma uma cerveja enquanto aguarda Ângela (que pensamos ser talvez sua esposa, talvez namorada) sair do banho. Assim que a moça aparece, e se depara com o homem, temos a primeira surpresa entre tantas que o livro nos reserva.
Joe Middleton é um homem de pouco mais de trinta anos, que trabalha como faxineiro em uma delegacia em Christchurch, Nova Zelândia, e que todos julgam ser um portador de retardo mental. O que logo descobrimos é que todos julgam errado, pois na verdade, Joe é o serial killer da história, mais conhecido como "O Carniceiro de Christchurch". Joe não se considera um psicopata, tampouco um esquizofrênico, definindo-se como uma pessoa normal. Mas o fato é que ele mata mulheres pelo puro prazer de matar. Por trabalhar na delegacia que investiga o Carniceiro de Christchurch, consegue ter acesso a informações privilegiadas, inclusive fazendo cópias de documentos importantes relativos às investigações.

Uma personagem de grande importância na narrativa é Sally, que trabalha na delegacia como chefe de manutenção. Ela tem uma imensa empatia por Joe, pelo fato dele ser (ou ela achar que ele é) retardado, pois ele a faz lembrar de seu irmão especial, que morreu com 15 anos. Sally é uma pessoa que pode ser definida como generosa, daquelas que estão sempre dispostas a ajudar as pessoas. Em sua ingenuidade, acha que conhece todas as pessoas muito bem, sobretudo Joe. Na tentativa de ajudar Joe, Sally envolve-se na história de modo a, no final, desempenhar um papel fundamental no desfecho da trama.
O livro possui um ritmo bastante acelerado. Por vezes tive a impressão de estar assistindo a um filme de ação, em outros momentos, a um drama psicológico. Trata-se de um thriller daqueles que nos deixam de cabelos em pé, morrendo de vontade de saber o que acontecerá logo a seguir. Em determinado ponto da narrativa chegamos a nos perguntar o que é realidade e o que é fantasia criada pela mente doentia de Joe. As coisas se tornam mais claras porque a história é narrada, ora em primeira pessoa, pelo próprio Joe, ora em terceira pessoa, com o foco narrativo em Sally. Isso faz com que consigamos acompanhar o que acontece no interior de Joe, tendo uma boa noção de como funciona a sua mente e, ao mesmo tempo, tenhamos uma visão de fora, de como as coisas são na realidade. Posso dizer que, para os amantes de um bom suspense, o livro é viciante, fazendo-nos lamentar quando precisamos largá-lo. Recomendo a leitura.
Para comprar: Editora Fundamento
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