Os Buddenbrook, de Thomas Mann, publicado pela Editora Companhia da Letras, narra uma história que se passa em uma cidade com todas as caraterísticas de Lubeck, no norte da Alemanha, cidade natal de Mann, no ano de 1803. O livro é dividido em onze partes, envolvendo quatro gerações de uma família bem sucedida de comerciantes. A família costuma se reunir de duas em duas semanas, porém desta vez, além de parentes que moravam na cidade, alguns amigos íntimos haviam recebido convites “para um jantar simples”. Dentre os participantes do jantar estavam a Consulesa Buddenbrook, matriarca sempre preocupada com todos, cheia de cuidados com a família e com os seus sobrinhos; o Cônsul , Johan Buddenbrook, velho administrador dos negócios da família; seus filhos Thomas, Christian e Antonie, além de vários sobrinhos, tios e agregados.
Em meio aos preparativos para o jantar, Thomas recebe uma carta que estaria endereçada ao Cônsul, que seria de seu filho. Mais que depressa, fala com a Consulesa e os dois decidem não incomodá-lo, tirando a sua alegria durante o jantar. Então, Thomas guarda a carta. Logo todos começam a chegar (tudo é retratado pelo autor com muitos detalhes, tanto a prataria, quanto a comida, os semblantes, as vestimentas, tudo muito realista, tem-se a impressão de se estar participando da história), e o jantar acontece. Passado o jantar, Thomas vai ao encontro do pai e lhe entrega a carta, cujo remetente era Gottold Buddenbrook, filho do primeiro casamento do Cônsul, meio irmão de Thomas. Na carta, Gottold pede parte da herança que lhe é de direito, já que a família encontra-se no “auge” financeiro.
Antonie uma menina viva, cheia de vontades, de nariz empinado representa o auge da família, mas tem seus casamentos mal sucedidos. Em certa parte do livro, Antonie e um rapaz humilde, com quem a moça tem um romance, são forçados a romperem o relacionamento, pois ela está prometida a um comerciante, tudo acontece na juventude dela. Thomas é aquele personagem sempre responsável, disposto a aprender para representar os negócios da família.
Nascimentos e mortes acontecem e diversas mudanças ocorrem. Pouco antes de morrer, o Cônsul Buddenbrook passa seu cargo para Thomas, que será o último administrador do império, e fará diversas investidas contra o irmão Christian, que não está interessado nos negócios da família como deveria. Os Buddenbrook, de Thomas Mann, nos traz os conflitos de uma sociedade burguesa através da decadência de uma família. A ordem dos acontecimentos nos mantém fixados na leitura, suave e sedutora. Um ótimo livro par se ler nas férias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário