Todos os fãs de romances policiais já leram algo do Georges Simenon. Aposto que a maioria se interessou bastante pelo grande escritor de sucesso. Por incrível que pareça, foi a primeira vez que eu li algo do autor. Minha curiosidade era grande, mas nunca tinha surgido uma oportunidade. Escutei diversas pessoas o elogiando.
Um dos pontos fortes é a sua escrita, que descreve cada detalhe tornando cada cena como se estivesse sendo real naquele exato momento. Já um dos pontos fracos, é que o livro demora muito para finalmente acontecer o desfecho da história, se tornando cansativo e maçante para qualquer leitor.
O relato em A gafieira de dois tostões, da Editora Companhia das Letras, é sobre um homem que foi preso e executado logo em seguida pelos atos que cometeu. Antes da sua morte, ele confessa um perverso crime que ocorreu oito anos atrás sobre um assassino, cuja localização seria na gafieira de dois tostões, um bairro.
Em busca de desvendar o grande crime, Maigret, um policial, toma a iniciativa de realizar uma viagem em torno de finalmente localizar o culpado por todos aqueles crimes. As perguntas que ficam nas nossas mentes são: Quem será o culpado por todos esses assassinatos? Qual o motivo que impulsionou para que ocorressem tantas mortes? Onde ocorreu e como alguém conseguiu esconder-se por tanto tempo?
Um grande mistério surge em torno do livro para finalmente desvendar a famosa charada e prender o culpado por todos esses terríveis crimes. Somente alguém muito cruel seria responsável por todas essas mortes que ocorreram no famoso bairro e sairia impune sem arrependimento algum.
O livro é narrado pela visão de Maigret, o que nos torna cada vez mais próximos das investigações, apesar de não ser em primeira pessoa. Podemos observar tudo o que acontece ao seu redor e as pessoas que conhece ao longo da sua jornada, além do que as pistas para descobrir o culpado.
No decorrer do livro, acontecem outros crimes aparentemente sem explicação alguma, misteriosamente o culpado some para um lugar que ninguém conhece, não existem suspeitas, muito menos cúmplices que podem sugerir informações de quem cometeu tais atos. Como todo romance policial, aos poucos o grande crime é desvendado. Por isso não se preocupem sobre uma história sem solução alguma, pois este não é o caso.
Uma das partes que definitivamente não me agradou é que no fim levamos um determinado tempo para nem ao menos descobrir uma pista sequer da investigação, esse é um livro para quem possui paciência para finalmente assimilar os fatos quando os suspeitos aparecerem.
Ao longo da história, segredos são revelados e até mesmo descobrimos passados de pessoas presentes no livro, como uma das principais da história, que jamais imaginaríamos. Seguindo desse determinado ponto, que a história começa a ficar instigante e buscamos nos interessar mais pela leitura consequentemente devorando as páginas do livro.
Para concluir, chegamos ao final. Em minha opinião não foram pessoas que me surpreenderam, exceto por um assassino que me deixou bastante surpresa quando desvendei aos poucos pelo quebra-cabeça da história. Deixando um ponto positivo, pois até metade da história aposto que ninguém imaginaria que seria essa determinada pessoa.
Em geral, não daria uma nota muito boa para o A gafieira de dois tostões. Não me agradou em vários aspectos, mesmo sendo um bom livro para quem adora esse gênero. O começo acaba sendo bastante monótono e conhecemos pouco sobre as pessoas da cidade, as quais são suspeitas dessas atrocidades. Na metade que realmente ocorre todas as ações destinadas ao publico mais curioso, deixando a leitura mais interessante. Fugiu um pouco dos romances policiais que eu costumo ler, talvez por isso eu não tenha me adaptado tanto, mas recomendo para quem busca uma leitura mais detalhada e um pouco lenta.
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