
Hibisco Roxo - Autora: Chimamanda Ngozi Adichie - Editora Companhia da Letras - Ano: 2011 - Número de páginas: 328 - Skoob
Uma das coisas de que mais gosto em um livro é poder aprender mais sobre culturas e costumes diferentes, ao mesmo tempo em que reflito sobre questões humanas, universais e de maior profundidade. Hibisco Roxo, da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, publicado pela Editora Companhia das Letras, é, sem a menor sombra de dúvida, um dos melhores livros que já li nesse sentido. Ao acompanharmos a jovem narradora-protagonista, entramos em contato com alguns costumes da Nigéria, bem como, com alguns pequenos elementos históricos. Mas não somente isso, participamos de perto dos grandes dilemas de uma menina de 15 anos que vive oprimida por um pai intolerante e extremamente rígido, que a convence de que tudo é pecado.
Kambili, sua mãe Beatrice e seu irmão Jaja vivem uma vida de luxo e riqueza pouco comum na Nigéria. Eugene, o pai da menina, é dono de um jornal conceituado, que faz oposição ferrenha ao governo, e de uma grande fábrica de bebidas diversas, entre outras coisas. Poderíamos pensar que a vida da garota é um paraíso na Terra, vivendo em meio a tanta riqueza, porém, seu pai, que vai às últimas consequências para defender a liberdade em seu jornal, a ponto de ser indicado a um prêmio da Anistia Internacional, é um pai e marido tirano. Católico fanático, Eugene impinge à sua família uma série de restrições e uma vida cheia de normas rígidas e castigos cruéis, caso essas normas sejam desrespeitadas. Castigos físicos, que chegam aos limites da tortura, inclusive. Rejeita o próprio pai, chamando-o de pagão por ele preferir a religião de seus ancestrais ao catolicismo, e não deixa Kambili e Jaja conviverem com o avô.
As coisas, no entanto, começam a mudar para Kambili e seu irmão quando a tia dos garotos, Ifeoma, convence Eugene a deixar os dois passarem alguns dias em sua casa para conviverem com os primos e participarem de um evento religioso. Assim que chega à casa da tia, Kambili começa a ser hostilizada pela prima, Amaka. Inicialmente a garota "engole" os insultos, até que aprende a responder e, a partir desse momento, as primas iniciam uma amizade que vai, aos poucos, tornando-se mais sólida.
Mas não é só isso que Kambili aprende nesta estadia na casa de tia Ifeoma. Ela entra em contato com a Nigéria real, aquela a qual ela e o irmão não tinha acesso em sua vida de luxo. A tia não é rica como o seu pai, é uma professora universitária, que cria os seus três filhos com dificuldade, a carne é racionada, só há descarga no banheiro em um curto período do dia, as acomodações para dormir não são tão confortáveis e falta luz frequentemente. Além disso, Kambili conhece o padre Amadi, que lhe ensina que rir, questionar e indignar-se não são atitudes pecaminosas. A menina amadurece e vai, nesse curto espaço de tempo, mudando a sua visão de mundo. Na casa de Ifeoma, Kambili e Jaja conhecem, apesar da pobreza, o que é uma família feliz.
É muito bonito quando percebemos que Kambili começa a mudar, quando ela ri pela primeira vez, quando começa a cantar e a interagir mais com os primos. É uma obra belíssima, que trata da habilidade que o ser humano tem de se reinventar e de sobreviver aos reveses da vida. Que mostra até onde vai a capacidade que alguém pode ter de se sacrificar por um ente querido, e como nunca desistimos daqueles a quem amamos. O livro traz um autêntico retrato da Nigéria, enquanto traça um mapa da alma humana. Recomendo Hibisco Roxo a todos que apreciam uma leitura profunda e reflexiva.
Esse livro tem sido muito bem recomendado, parece ser ótimo!
ResponderExcluirÉ o segundo livro que leio da autora, e posso dizer que estou apaixonada pela sua escrita. Recomendo!
ExcluirAdoro livros assim! Me emocionei só em ler a sinopse e seu comentário que uma das coisas de que mais gostava em um livro era o de poder aprender mais sobre culturas e costumes diferentes, enquanto reflitia sobre questões humanas, universais e de maior profundidade. Realmente é muito poderoso quando um livro consegue mexer com questões tão profundas e pertinentes a nossa realidade. Anotei a indicação e espero ler em breve.
ResponderExcluirhttp://www.starbooks.com.br
Tenho a certeza de que você apreciará a leitura, Nádya. Obrigada pelo comentário!
ExcluirAdoro livros assim! Me emocionei só em ler a sinopse e seu comentário que uma das coisas de que mais gostava em um livro era o de poder aprender mais sobre culturas e costumes diferentes, enquanto reflitia sobre questões humanas, universais e de maior profundidade. Realmente é muito poderoso quando um livro consegue mexer com questões tão profundas e pertinentes a nossa realidade. Anotei a indicação e espero ler em breve.
ResponderExcluirhttp://www.starbooks.com.br
Oie, Nossa não tinha conhecimento dessa obra, mas sua resenha me deixou bem curiosa como sempre. Nunca li - ao menos não me lembro - algo vindo da Nigeria e deve ser bem diferente de nós e vai me fazer pensar muito. Quero ler
ResponderExcluirBeijos da Fê
As Catarina´s / Fanpage / Instagram
Essa escritora é muito boa, Fernanda. É a única que conheço da Nigéria, mas é excelente, recomendo! Obrigada pelo comentário!
ExcluirOi.
ResponderExcluirUAL, nunca ouvi falar desse livro, mas me interessei pela história, visto que amo conhecer novas culturas e costumes. Além disso, vejo que o livro mexeu com VC e é legal quando ele faz isso, supera nossas expectativas, além de nos deixar refletindo sobre o que lemos.
Amei sua resenha e já adicionei esse livro a minha lista de leitura.
Beijos!
www.anebee.com.br
É muito bom mesmo, quando uma leitura mexe conosco profundamente. Obrigada pelo comentário!
ExcluirTambém gosto de ler um livro e aprender mais sobre culturas diferentes, afinal de contas, é totalmente diferente de nossa realidade, e por isso se torna tão instigante. Gostei bastante de sua resenha, e o livro parece ser bem interessante. Beijos, Fê
ResponderExcluirO livro é excelente. Ainda mais para quem , como nós, gosta de culturas diferentes. Obrigada pelo comentário!
ExcluirOiee ^^
ResponderExcluirPoxa, nunca li um livro que se passasse ou ao menos mencionasse a Nigéria *-* mas como sou uma pessoa extremamente curiosa em relação a outras culturas e a outros países, já coloquei o livro na listinha de desejados no momento em que você disse ter gostado da história. Parece ser uma história muito linda mesmo, e interessante também. Fiquei curiosa para ler :)
MilkMilks
http://shakedepalavras.blogspot.com.br
É uma história belíssima, Dryh, você vai amar! Obrigada pelo comentário!
ExcluirOlá, tudo bem?
ResponderExcluirAcho que já li essa resenha, meu cérebro deve estar bugando.
Bom! Realmente conhecer novas culturas é algo que eu gosto muito, acho que foi isso que chamou minha atenção no livro.
Gostei muito da premissa também... Acho que já li uma resenha desse livro, mas a outra parece que não estava tão esclarecida como a sua. Parabéns.
ótima resenha.
http://www.colecoes-literarias.blogspot.com.br/2016/03/resenha-pluvia-entre-segredos-e.html
Conhecer novas culturas é muito enriquecedor. :) Obrigada pelo comentário!
ExcluirAdorei saber do livro, pois além de adorar saber de culturas no geral, eu não tinha tido muito contato com a nigeriana. Achei engraçado o pai lutar tanto pela liberdade de seu jornal até o ponto de ganhar um prêmio da Anistia Internacional e ser tão tirano em casa, achei um ótimo paradoxo. Aliás, um panorama perfeito para uma menina criada de tal maneira e em meio ao luxo, se descobrir e ser feliz mesmo com tão pouco. Adorei a resenha do livro.
ResponderExcluirBeijos,
Mariana Baptista
https://umavidaporlivro.wordpress.com/
É um paradoxo, de fato, Mariana. São as contradições humanas. Obrigada pelo comentário!
ExcluirOi
ResponderExcluirConcordo com você! É maravilhoso ler livros que nos apresentam outras culturas.
Gostei muito das suas impressões de Hibisco Roxo, sem contar na temática forte e relefixa.
Anotei na minha lista de leituras.
Beijinhos
Rizia - Livroterapias
Que bom, Rízia, você vai gostar, certamente. Obrigada pelo comentário!
ExcluirOi, Tatiana
ResponderExcluirAcredito então que somos parecidas, pois eu também adoro livros que me colocam em contato com outras culturas. Não conhecia esse livro até o momento, mas já adorei a premissa. Muito bom saber que você aprovou tanto. Ainda não li algo que se passasse na Nigéria, então seria ainda mais enriquecedor. Adorei a dica.
livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br
Fico feliz que tenha gostado, Leticia. Li Americanah, da mesma autora, e gostei muito também. Já que somos parecidas, talvez você goste. Obrigada pelo comentário!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi *---*
ResponderExcluirNunca li nada parecido com a premissa desse livro, e concordo com você, é incrível quando lemos algo que nos faz conhecer a cultura de um povo diferente. O livro parece muito emocionante e cheio de emoções. Eu daria uma chance com certeza =)
Bjos
http://rillismo.blogspot.com.br/
Para mim foi bem emocionante acompanhar o dilema da jovem Kambili e sua família, vivendo sob o jugo de um pai/marido tirano. Obrigada pelo comentário!
ExcluirOlá
ResponderExcluirGostei bastante da premissa desse livro, acho que nunca li nada que fosse ambientado na Nigeria. O livro parecer ser daqueles que te pegam de jeito e quando termina te deixa com uma baita ressaca literaria, nunca tinha ouvido falar nele, mas com certeza já entrou pra lista de desejados.
Obrigado pela indicação
Bjos
http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/
O livro pega de jeito mesmo, Stefani. Já é o segundo livro da autora que leio e amo. Obrigada pelo comentário!
ExcluirOlá!
ResponderExcluirApenas de ler sua resenha, pude notar que a trama parece mesmo profunda.
Assim como você, também gosto de livros que me apresentam a novas culturas e Hibisco Roxo me parece ser uma leitura incrível, já anotei o nome.
Estranhei, apenas, o nome do irmão de Breatrice ser Jaja, acho que demoraria para pegar o jeito durante a leitura.
Beijos,
http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/
Acho que você gostaria muito da leitura, Bruna. Essa autora é excelente! Jaja é o apelido, não me recordo o nome dele agora, pois esses nomes nigerianos são bem diferentes para nós, brasileiros. hahaha Jaja é irmão de Kambili (adorei esse nome) e Beatrice é a mãe dos dois.
ExcluirObrigada pelo comentário!
Já tinha ouvido falar da Chimamanda Ngozi Adichie, mas em outro livro, esse eu tinha visto por aí, mas não tinha me atentado para quem era a autora. Uma das grandes maravilhas da leitura, é quando somos transportados para outros lugares e culturas. Isso é mais que mágico!!! Adorei a resenha e fiquei mega interessada em ler o livro!!!
ResponderExcluirMeu Amor Pelos Livros
Beijos
Ivi, Chimamand é, na minha opinião, uma das melhores escritoras da atualidade. Esse foi o segundo livro que li da autora e já estou encantada. Obrigada pelo comentário!
ExcluirOlá, Tati!
ResponderExcluirAinda não tinha ouvido falar desse livro. Gostei bastante da capa, achei harmoniosa essa combinação de cores, me trouxe uma sensação boa.
O que me chamou a atenção não foi a estória em si, mas onde se passa. Nunca li nada sobre a Nigéria, e fiquei empolgada por "conhecer" um pouco mais desse lugar. Dica anotada!
Beijos,
entreoculoselivros.blogspot.com.br/
Nunca tinha lido nada de autores nigerianos também. Vale a pena, é uma ótima leitura. Obrigada pelo comentário!
ExcluirOlá, eu não conhecia a obra ainda mas confesso que esse é um livro que eu não leria no momento, acho que ele precisa de um momento especial para ser lido e ser entendido do jeito que merece, já que é uma leitura profunda e reflexiva, acredito que mais para frente eu daria uma chance a ele.
ResponderExcluirBeijos
http://www.oteoremadaleitura.com/
Um ótimo livro pode ser uma péssima leitura se lido no momento errado. Creio que, se você acha que não é o momento, deve aguardar para ler a obra. Obrigada pelo comentário!
ExcluirOlá!
ResponderExcluirNão conhecia essa obra mas o enredo me parece muito interessante. Achei muito bonito o fto da garota ter a oportunidade de conhecer a verdadeira África e aprender os costumes de seu povo. Espero que o pai não a obrigue a se retrair quando ela e o irmão voltarem para casa. Adorei a sua resenha e a indicação! Cono sempre você sempre trás no blog coisas diferentes w interessantes.
Beijinhos!
Cantinho Cult
Ela e o irmão jamais voltarão a ser os mesmos, Pamella. Obrigada pelo comentário!
ExcluirOlá!!!
ResponderExcluirNão conhecia o livro e achei fascinante a maneira como falou dele, gosto quanto a história apresenta lugares e situações novas que aguça nossa imaginação e mostram situações que nos faz refletir e pensar. Parabéns pela resenha.
Beijos
Carla Fernanda
http://livrosqueliblog.blogspot.com.br/
O livro é fascinante mesmo, Carla. Obrigada pelo comentário!
ExcluirOlá!! :) Não é bem o meu género literário, mas sua resenha me cativou e sinto-me tentado a ler a obra!! ;) Pareceu-me um pouco tocante e deve ser mesmo interessante ver Kalimbi descobrir o verdadero catolicismo e não discriminatorio ou virado para o pecado... :) Uma boa aposta!´
ResponderExcluirBoas leituras!! ;)
http://no-conforto-dos-livros.webnode.com/
Sim, é muito comovente quando a menina descobre que Deus não é cruel como lhe fora apresentado inicialmente. Obrigada pelo comentário!
ExcluirOie!
ResponderExcluirConfesso que não conhecia a publicação desse livro, mas a história é tão delicada e emocionante, que preciso conferir urgente. Fiquei tocada com o tema abordado, assim como a superação da jovem, que com certeza vou ficar com a história por dias na memória.
Bjks!
Histórias sem Fim
É uma história inesquecível, é um livro daqueles que a gente recorda mesmo depois de anos após a leitura. Obrigada pelo comentário!
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