
A seguir, vem o meu preferido, chamado Uma Estrangeira na Nossa Rua, que conta uma linda história de amor platônico. O narrador retorna, depois de anos, ao local onde morou e conheceu o seu amor de juventude. Nada direi sobre o desenrolar dessa história romântica, tão cheia de desencontros para não estragar a leitura de quem, por ventura, venha a se interessar pelo livro, mas posso dizer que tive muita empatia pelo jovem apaixonado.
Outro conto do qual gostei muito foi O Adeus do Comandante. A narrativa nos traz um personagem chamado Dalberto, que é comandante do barco Princesa Anaíra, e cometeu um assassinato por amor. O homem a quem ele mata não é ninguém menos do que o seu próprio irmão, que mantinha um relacionamento amoroso com sua esposa, a personagem Anaíra, que deu nome ao barco.
Certamente não falarei de todos os contos aqui, pois o texto ficaria muito extenso, mas não posso deixar de mencionar o conto Dois Tempos. O narrador-protagonista, em suas lembranças de tempos idos, quando fazia aulas de piano, rememora um certo dia, em sua infância, quando morava com seu tio Ran, em que foi assistir a um concerto de sua professora, acompanhado do tio e de uma amiga. Claro que não direi mais, pois em se tratando de uma narrativa curta, as chances de spoiler são grandes, mas garanto que é um lindo conto, cheio de nostalgia, como geralmente são as nossas lembranças de épocas que se foram e não voltam mais.
A maioria dos contos trazem como espaço a cidade de Manaus, fazendo o contraponto entre a miséria e as belezas naturais da região. A narrativa flui de uma forma muito agradável, a ponto de nem percebermos o tempo passar enquanto lemos. Recomendo a obra a todos que busquem uma leitura rápida e leve sem abrir mão da qualidade.
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