Meia-noite em Pequim, de Paul French - Editora Fundamento

Meia-noite em Pequim, de Paul French

Meia-noite em Pequim - Autor: Paul French - Editora Fundamento - Ano: 2017 - Número de páginas: 296 - Skoob - Cortesia da editora


Mais uma bela obra-prima da Editora Fundamento, o livro Meia-noite em Pequim nos traz uma história real, ocorrida na China, no ano de 1937. A obra, escrita pelo pesquisador Paul French, conta a história do assassinato de Pamela Werner, uma jovem inglesa, filha do ex-cônsul britânico Edward Werner. O corpo de Pamela foi encontrado, no dia 8 de janeiro de 1937, próximo à Muralha Tártara, em Pequim com o rosto desfigurado, o sangue drenado, sem o coração e outros órgãos vitais. A possibilidade de assalto é logo descartada, pois junto da moça está o seu valiosíssimo relógio de platina, que parou poucos minutos após a meia-noite.


Meia-noite em Pequim, de Paul FrenchA situação política de Pequim naquele momento não era nada tranquila, pois a cidade estava prestes a ser invadida pelos japoneses, o que já havia ocorrido em outras regiões da China. Nesse contexto conturbado, os policiais Han, membro da polícia chinesa, e Richard Dennis, ex-integrante da Scotland Yard, unem esforços para elucidar o crime, o que não ocorre, até que o caso é dado por encerrado de forma inconclusiva. Edward Werner, inconformado com a morte da filha, decide investigar o crime por conta própria, e descobre que há muito mais corrupção e comprometimento de pessoas importantes da sociedade da época do que ele havia imaginado. A cada descoberta que faz, e a cada prova que consegue juntar, Werner pede ajuda às autoridades, mas é sempre rechaçado por elas. Sozinho, ele consegue desvendar o crime que, no entanto, jamais foi oficialmente solucionado.

Meia-noite em Pequim, de Paul French
Embora trate de um assunto real, o livro apresenta uma escrita dinâmica, que prende a atenção dos amantes de um bom enredo policial. Mas não é só isso. Pelo fato de Paul French ser um estudioso da China, o enredo é permeado de acontecimentos históricos. Logo no início da obra temos uma boa visão de como era constituída a população de Pequim em 1937, de como o povo pequinês conviva com a grande quantidade de estrangeiros que residiam na cidade. Além disso, temos uma visão incrível do submundo do crime nessa sociedade, através das incursões de Edward Werner e de seus investigadores nesse meio.  Quando descobrimos os motivos e as circunstâncias do crime ficamos bastante chocados. Ao final do livro, encontramos algumas fotografias de personagens envolvidos na história, inclusive da jovem Pamela. O que posso dizer é que Meia-noite em Pequim está entre as melhores leituras que fiz este ano.

Meia-noite em Pequim, de Paul French

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