Obra Completa de Lila Ripoll: uma preciosidade para os amantes de poesia - Editora Movimento

Lila Ripoll está, na minha opinião, entre as melhores poetisas de língua portuguesa. Há algum tempo, a Editora Moderna lançou a sua Obra Completa, a qual recomendo aos amantes de boa poesia, e da qual extrairei três poemas para comentar (os poemas estarão ao final de cada comentário). Lila Ripoll nasceu em Quarai, Rio Grande do Sul, no ano de 1905 e morreu em Porto Alegre, em 1967. Formou-se em Piano no Conservatório de Música, atual Instituto de Artes da UFRGS, na capital gaúcha. Na década de 1930 foi diretora do Departamento Cultural do Sindicato dos Metalúrgicos, onde militou pelo Partido Comunista, além de integrar o gabinete do Secretário da Educação Coelho de Souza. Em 1938 ocorreu a publicação da obra De Mãos Postas, seu primeiro livro de poesia. Entre 1945 e 1955 colaborou na revista literária “A Província de São Pedro” e no jornal “A Tribuna”. Foi ainda membro do comitê editorial da Revista “Horizonte”. Em 1950, foi candidata a deputada estadual pelo Partido Comunista. Participou, em 1951, do grupo Partidários da Paz, vinculado ao Conselho Mundial da Paz, com Graciliano Ramos, Dyonelio Machado e Laci Osório. Ainda em 1951, recebeu o prêmio Pablo Neruda da Paz, pelo livro Novos Poemas, em Praga. Foi presa após o golpe militar de 1964, e libertada em seguida por motivo de doença. Sua obra poética inclui os livros Por quê? (1947), Primeiro de Maio (1954), O Coração Descoberto (1961) e Águas Móveis (1967), entre outros. 

Os poemas de Lila Ripoll  possuem em comum o fato de tratarem da existência de forma melancólica e desesperançada. Essa característica pode ser percebida, não somente na escolha dos temas abordados, mas, também, na forma como esses textos estruturam-se. A poesia de Lila Ripoll vincula-se à segunda geração do modernismo e é profundamente marcada pelo engajamento político. Entretanto, não foi somente a política que serviu de tema para o seu trabalho. Na obra Por quê?, por exemplo, percebe-se uma atenção completamente voltada para questões de ordem mais existencial, o que pode ser comprovado pelo próprio título do livro, que remete a perguntas que não poderão ser respondidas. Lendo-se os poemas que compõem Por quê?, pode-se observar que todos possuem o mesmo tom de angústia acerca da realidade vivida, causada pela constatação de que esta não poderá ser alterada. 

No poema “Sem solução” o eu-lírico inicia mencionando o final de um sonho. Desde o começo do poema o leitor é levado a ter a impressão de um certo torvelinho, de acontecimentos que se sucedem de forma atabalhoada, sentimento reforçado pelo fato de a quinta estrofe, além de sugerir uma quebra, ser concluída com a palavra turbilhão. Aqui, pode-se pensar em uma vida sem esperanças para o futuro, ideia fortalecida pelo contraste entre a sétima estrofe, na qual o eu-lírico refere uma espera por um dia ensolarado, e a última, repetição da quarta, na qual “um vento sem precedentes” escurece o pensamento. Se recordarmos que a quarta estrofe antecede a ruptura apresentada na quinta (Perdi a palavra,/ perdi o sentido,/ perdi meu sonho/ no turbilhão), pode-se concluir que, realmente, não há solução para o eu-lírico, pois essa última estrofe antecederá nova crise.


SEM SOLUÇÃO
Caiu meu sonho,
dos lábios tristes,
numa palavra
que se perdeu...

Tenho a voz leve,
sem ressonâncias,
e existe sonho
maior que o meu.

Passaram bardos,
passaram Santos,
heróis passaram,
de ouvido atento.

Mas veio um vento
sem precedentes,
escurecendo
meu pensamento.

Perdi a palavra,
perdi o sentido,
perdi meu sonho
no turbilhão.

E agora vivo
sondando a terra
e os elementos,
sem solução.

Espero os ventos,
escuto a chuva,
aguardo a hora
do sol nascer.

Inutilmente
procuro um nome,
se até o sentido
fui esquecer.

Passaram bardos,
passaram Santos,
heróis passaram
de ouvido atento.

Mas veio um vento
sem precedentes,
escurecendo
meu pensamento.


Igualmente melancólico e não menos pessimista é o poema “… E esperanças para quê?”. As reticências no início e no final do título fazem pensar que o momento atual, em que não se tem esperanças, situa-se entre um passado tristonho e um futuro que não anuncia felicidade. As reticências aparecem novamente ao final do texto, após a pergunta “Que importa, se num dia transitório, no frio de um mundo sem termo, para sempre afundarei?…”, demonstrando que o futuro é algo incerto e angustiante, levando-nos ao encontro da morte. Além da interrogação acima mencionada, há outras que remetem, também, a uma indeterminação quanto ao que virá (“para quê?”, “de que valem?”, “para que servem?”, “que importa?”) e que reforçam a desesperança anunciada no título do poema, pois, afinal, para que tantas expectativas quando a morte é a única certeza. A terceira estrofe refere-se ao movimento cíclico da vida (“rodam, rodam”; “no girar inconstante”) reportando-nos à roda de fiar das moiras, que tecem o destino dos homens. 


...E ESPERANÇAS PARA QUÊ?…
Nem esperanças já tenho.
E esperanças para quê?
Se é tudo tão transitório,
de que valem esperanças?
pra que servem? para quê?

Brota um suspiro profundo,
que não pôde ser palavra,
e apenas dura um segundo.
O sol se funde na noite,
o dia desfaz a treva,
e gira a roda do mundo.

E rodam, rodam os homens
à procura de mais sorte.
E, no girar inconstante,
que move areias e nuvens,
correm todos para a vida
e sempre encontram a morte.

Transitória passageira
desta vida transitória,
também me deixo levar.
Rumo incerto.
Mar de escolhos.
Que importa o vento? Que importa,
se num dia transitório,
no frio de um mundo sem termo,
para sempre afundarei?...

 
O poema “Naufrágio”, apresenta o mesmo tom depressivo dos anteriores. Assim como o primeiro poema, esse exibe um predomínio de vogais fechadas, fortalecendo a percepção que temos logo no início: “uma sombra cobriu meu sonho”. No transcorrer do texto encontramos diversas palavras com o mesmo sentido sombrio desse primeiro verso: naufraga, medo, escondeu, apaga, sangue. Porém, a essas palavras se opõem outras relacionadas a aspectos mais positivos, lembrando a luta de um naufrago para manter a vida e evitar a morte. Outro elemento do poema que nos reporta a luta entre Eros e Thanatos é o seu ritmo que, ao contrário dos anteriores, que mostram uma constância, indica um movimento de onda, crescendo e voltando a diminuir, lembrando o mar. O poema é composto por três estrofes, cada uma com cinco versos. O primeiro verso de cada estrofe possui oito sílabas poéticas, o segundo tem nove, o terceiro e o quarto têm sete sílabas e o último somente três. Esse formato repete-se em todas as estrofes resultando em um efeito de “sobe e desce” que alude às ondas do mar durante um naufrágio.


NAUFRÁGIO
Uma sombra cobriu meu sonho,
desceu à terra, foi para o mar.
Vivo um pouco em cada barco
que naufraga silencioso,
sem chamar.

Um amor morou no meu peito,
cresceu sem medo, mas se escondeu.
Estou sempre em cada estrela,
que brilha um pouco e se apaga,
como eu.

Os meus braços estão quebrados,
sem ânsias novas para prender.
Rotas velas no mar alto,
levam sangue derramado,
sem morrer.

 

O que se pode constatar de comum nesses poemas é uma visão sombria da existência. Todos os três mostram um campo semântico repleto de imagens que reportam à uma postura depressiva frente à vida. Pode-se verificar que a estrutura é utilizada com bastante sabedoria para causar a impressão desejada, a de que tudo está perdido. Percebe-se que os sons, as palavras, e as relações entre os elementos que compõem o poema formam um todo harmônico e coerente que reforçam o sentido, fazendo com que não só compreendamos os textos, mas, também com que os sintamos. 

Abaixo, deixo mais dois poemas da autora:

MOMENTO
Sombras breves,
passam leves
nesta rua.

Sons partidos,
repartidos,
pelo vento.

Luz de prata
se desata
sobre o muro.

Vem da noite,
como açoite,
 uma lembrança.

Grilos chamam,
flores amam,
sobre a terra.

E há segredos,
véus de medos,
pelas almas.

Vidros de água,
rios de mágoa,
nos meus olhos.

Cicatrizes,
de infelizes
pensamentos.

Há gemidos,
retorcidos,
num sorriso.

Curta vida,
tão comprida
para os tristes!


CINZAS
Cingida por sete palmas,
descerei a terra, um dia.
Violetas roxas no peito,
fronte branca e alma fria.

Cabelos longos caídos
e arrastados pelo vento.
Em todo o corpo um espanto
e um lúcido entendimento.

Teu claro nome sonoro
entre os lábios, apertado.
Luas negras nos meus olhos.
E um segredo inconfessado.

Funestos ventos soprando,
em giros de contradanças,
do mar correrão os homens
e das ruas as crianças.

Estrelas, aves e nuvens
fugirão sem esperanças.
E o meu corpo diluído,
destruído,
derrotado,
manchará o céu de cinzas   —
das minhas desesperanças!

A Metamorfose, de Franz Kafka - Editora Companhia das Letras


Certo dia, após acordar de uma noite de pesadelos, Gregor Samsa descobre-se metamorfoseado em um monstruoso inseto. Alguns acreditam tratar-se de uma barata, mas o fato é que, em nenhum momento da obra é mencionado que inseto seria, isso fica por conta da imaginação do leitor. A trama de A Metamorfose, de Frans Kafka, Editora Companhia das Letras, se dá na Europa, na década de 1910. O narrador-protagonista, Gregor Samsa,  era caixeiro-viajante, profissional dedicado que, em anos, jamais ficara doente ou faltara ao trabalho. O pai de Gregor, além de inválido, possuía uma dívida imensa, a qual o filho tentava honrar. Além do pai, a família de Samsa constituía-se de uma mãe asmática e uma jovem irmã. Era ele, e apenas ele, com seu trabalho quase escravo, que sustentava essa família. Todos o consideravam muito por isso. 

Então, eis que chega a fatídica manhã em que Gregor se transforma em um repugnante inseto. Ao perceberem que o desafortunado homem não poderia mais trabalhar para sustentá-los, seus familiares veem-se obrigados a buscar o sustento da família pelas próprias mãos. O pai e a irmã obrigam-se a encontrar um emprego. Conforme essas transformações ocorrem na estrutura familiar, o conceito de Gregor perante seus familiares, que antes era positivo, também muda. Agora, transformado em um inseto, ele passa a ser considerado um peso morto, um traste inútil, simplesmente um imprestável, que não passa de um incômodo para aqueles que antes viviam às suas custas. Gregor, agora, é objeto da repulsa daqueles que antes o adulavam. 

Ao mesmo tempo em que Gregor transformava-se nesta criatura repulsiva, sua família transformava-se também, passando de acolhedora a hostil, isolando-o em seu mundinho, tornando-o cada vez mais solitário. Gregor, apesar de se aceitar como inseto, lamenta profundamente não poder mais trabalhar para bancar a família.  É curioso notar que, em nenhum momento, ele se pergunta qual a razão para toda essa transformação, ele apenas aceita. O final da obra traz uma profunda reflexão sobre o modo como nossas vidas podem ser desperdiçadas, sobre qual é o nosso real valor na sociedade em que vivemos. É uma obra que trata da solidão humana. Através do protagonista de A Metamorfose, Franz Kafka nos mostra a realidade das condições de vida e de trabalho do homem do início do século XX, do processo de reificação pelo qual passava e que persiste ainda nos dias de hoje. Gregor Samsa viva apenas para o trabalho, não sobrando tempo para uma vida social. Contando-nos uma história absurda, Kafka nos mostra o quanto a sociedade pode ser sufocante, afastando-nos de nossa essência e, por vezes, esmagando-nos, como se fôssemos insetos. O texto é curto, porém profundo e intenso, seguramente está entre os melhores que já li em minha vida. Recomendo a todos que sabem apreciar uma obra-prima literária.


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Os melhores contos fantásticos, seleção organizada por Flávio Moreira da Costa - Editora Nova Fronteira


Uma das melhores seleções de contos que li nos últimos anos, talvez em toda a minha vida, Os Melhores contos fantásticos, organizado por Flávio Moreira da Costa e publicado pela Editora Nova Fronteira, constitui-se em 703 páginas de puro deleite, para quem, como eu, encanta-se por narrativas fantásticas. O livro está dividido em quatro partes. A primeira é denominada Da Antiguidade ao Puritanismo, e traz cinco textos, sendo o primeiro deles, O Apocalipse, da Bíblia. O conto do qual mais gostei nessa primeira parte foi O jovem Goodman Brown, de Nathaniel Hawthorne, autor que se tornou bastante conhecido com o livro, que virou filme, A letra escarlate. A história narrada no conto se passa na Nova Inglaterra do século XVII, e tem como pano de fundo a perseguição às bruxas, em Salem, constituindo-se em uma crítica à hipocrisia da sociedade puritana.

A segunda parte do livro intitula-se O Apogeu do Século XIX, e traz autores de primeira grandeza, como: Robert Louis Stevenson, Mary Shelley, Guy de Maupassant, Edgar Allan Poe, Anton Tchekhov, Charles Dickens, Honoré de Balzac, Hans Christian Andersen, entre outros. Os contos são belíssimos e, devo dizer, que é muito difícil escolher um somente. Mas creio que dá para destacar um deles: William Wilson, de Edgar Allan Poe, cujo tema é o duplo. William Wilson narra a história de um menino que se depara com um colega de escola com o nome igual ao seu. O problema é que as semelhanças não são somente estas, pois eles eram iguais em tudo, exceto na voz. A partir dessas semelhanças, o leitor fará descobertas de arrepiar sobre o protagonista.

Atravessando o Século XX é o título da terceira parte do livro, e conta com autores como: Horacio Quiroga, Franz Kafka, Anatole France, Oscar Wilde, Jorge Luis Borges, Julio Cortázar e outros do mesmo nível. Temo tornar-me repetitiva, mas não foi fácil eleger um conto dentre tantas maravilhas. Destacarei, nesta parte da obra, o conto de Horacio Quiroga, chamado A insolação, não porque os demais contos do livro não mereçam destaque, mas porque este tem a peculiaridade de ser narrado sob o ponto de vista dos cachorros, que são capazes de pressentir a chegada de alguém que... melhor ler para descobrir, mas é de gelar a alma!

A quarta e última parte do livro, considero muito especial,  pois se constitui de contos escritos por autores brasileiros e portugueses, e se chama O Fantástico em Bom Português. Os autores apresentados aqui não perdem em nada para os estrangeiros presentes nas três primeiras partes do livro. São eles: Manuel Bernardes, Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Afonso Arinos, Eça de Queiroz, Raul Brandão, João Guimarães Rosa, Murilo Rubião e Duílio Gomes. Meu destaque aqui vai para o conto Um Moço Muito Branco, de Guimarães Rosa. A história nos conta que, após estranhos acontecimentos, surge na cidade um homem muito branco, maltrapilho, que não falava nem ouvia, e havia perdido a memória, mas que tinha o dom de revelar o que as pessoas trazem em si e de transformá-las. Mais não direi, pois o conto é curto e um comentário inocente pode virar um desagradável spoiler. Mas recomendo a leitura deste e de todos os outros contos desta magnífica seleção chamada Os Melhores Contos Fantásticos, sabiamente organizada por Flávio Moreira da Costa.


O que o amor esconde, suspense de Dorothy Koomson - Editora Fundamento

A obra O que o amor esconde, da escritora Dorothy Koomson, publicado pela Editora Fundamento (para comprar a obra, clique AQUI), é um daqueles suspenses, com toque de drama, que nos fazem desconfiar de todos que estão em torno da protagonista. O livro inicia, no prólogo, com uma carta escrita por uma mulher que assina como Eve. Nesta carta, Eve deixa claro que, se alguém a estiver lendo, isso significa que ela está morta, e que pode ter sido assassinada, e ainda pergunta à leitora da carta se esta é ela, se é aquela com quem ele está agora. Claro que isso parece meio confuso, mas retrata bem o estado de confusão em que deve se encontrar uma pessoa que teme por sua própria vida, que teme ser assassinada. E, obviamente, logo ficamos querendo saber quem é "ele" e por que Eve se sente ameaçada de morte.

Então, viramos a página  e chegamos ao primeiro capítulo, no qual está sendo narrado um acidente de carro envolvendo uma mulher chamada Libby. Junto com a narrativa desse acidente, vamos tendo alguns flashbacks reveladores sobre quem é essa mulher e seu marido, Jack, que dirigia o carro na hora do acidente. Jack não se machuca muito, mas Libby fere-se gravemente. Sofre fraturas, cicatrizes, uma no rosto e outra no couro cabeludo, precisa fazer cirurgia plástica, raspa os cabelos e desenvolve um trauma de carros e uma espécie de síndrome do pânico que a faz ficar cada vez mais trancada em casa. 

Mas... o que descobrimos nesses flashbacks? Libby Rabvena conhece Jack Britcham em uma concessionária, quando aproveita um dia de folga para comprar um carro. Ele fica encantado por ela, mas ela o rejeita por achá-lo um egoísta como os homens que ela havia conhecido até então. Mas Jack não desiste até conseguir se aproximar de Libby e conquistá-la, e os dois acabam casando-se. Jack traz para o atual relacionamento, um trauma do casamento anterior, pois ele perdera sua primeira esposa em um trágico acidente. Eve caíra da escada sem conseguir sobreviver à queda. 

Ao retornar do hospital para casa, Libby recebe a visita de uma policial que investiga se o acidente do qual ela fora vítima foi, de fato, um acidente. Então, Libby descobre que Jacky chegou a ser acusado da morte de Eve, passando um tempo preso. Sendo liberado posteriormente por falta de provas. A policial, no entanto, deixa claro que desconfia de Jack, e que ele teria motivos para matar Eve, já que descobrira algo terrível sobre o seu passado. Libby tem uma vaga sensação de que algo aconteceu entre o momento do acidente e a chegada do socorro, algo de que ela não se recorda, mas Jack nega. No entanto, o seu sentimento de culpa transparece. Com o casamento em crise, Libby começa a vasculhar o porão, até que encontra os diários de Eve. Então, vêm à tona todos os segredos que envolvem o passado da primeira esposa de Jack. Libby, no entanto, confia no seu marido, além de amá-lo profundamente. Mas ela não desistirá de encontrar, através dos diários, toda a verdade sobre o passado e a morte de Eve. E é então que ela fará descobertas aterradoras, que a farão temer por sua própria vida. 

O que o amor esconde, de Dorothy Koomson, é uma obra que fala sobre dramas humanos, como a solidão de uma menina negligenciada pela mãe, que se vê sozinha no mundo, precisando sobreviver a qualquer custo; sobre lealdade, sinceridade e honestidade, mesmo quando manter esses valores signifique algum tipo de prejuízo. É uma obra que trata de confiança, de amor e de fibra. Se você espera uma narrativa com grandes reviravoltas no final, esqueça. Simplesmente prepare-se para um lindo desfecho, em que os personagens aprendem a lidar com os próprios sentimentos, aprendem a compreender as atitudes dos outros e, sobretudo, aprendem a amar sem reservas. Recomendo a leitura para todos que apreciem uma linda história de amor e suspense na qual podemos acompanhar de perto o amadurecimento dos personagens.



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[Divulgação] Eu te amo mais, de Vanessa Sueroz com nova capa


Nova capa
Capa antiga

A Autora parceira Vanessa Sueroz esta modernizando as capas de seus livros e agora foi a vez do conto Eu te amo mais, que ganhou uma nova capa criada pela blogueira Géssica, do blog Cantinho Geek.

Quem ainda não conhece o conto?

Sinopse:Marlene resolve escrever uma carta ao namorado lhe contando porque ela lhe ama mais e quais as consequências disso.

Leia a resenha do conto AQUI.

O que vocês acharam?


[Divulgação] Revista Conexão Literatura edição 9: disponível para download

Já se encontra disponível para download a edição de número 9 da Revista Conexão Literatura. Nessa nova edição, você encontrará algumas novidades: dentro de alguns dias, estará funcionando um site exclusivo e totalmente dedicado às edições da revista, mas já anotem o endereço: www.revistaconexaoliteratura.com.br. Outra boa novidade são os parceiros da revista (veja mais na pág. 04), são 32 sites, blogs e canais no Youtube apoiando a Conexão Literatura. Nessa edição você encontrará a lenda do terror, o pai da pulp fiction no Brasil, o grande R. F. Lucchetti, escritor que trás em seu currículo mais de 1.500 títulos publicados, além de roteiros para filmes e quadrinhos.

Agora a revista também terá resenhas, e o leitor já poderá conferir duas: "A Garota sem Passado", por Caroline Marcolino e "Star Wars - Academia Jedi", por Igor Thiago. Além disso, você encontrará uma entrevista com o escritor e editor português Isidro Sousa e um artigo assinado por ele sobre o livro "A Bíblia dos Pecadores", uma matéria super bacana assinada pela conselheira editorial da revista, Amanda Leonardi, intitulada "O mundo de Tim Burton no Brasil", e outra elaborada pelo conselheiro editorial Angelo Tiago de Miranda, que comenta sobre o futuro dos livros e da leitura no Brasil. 

E como sempre, há indicações de livros bem legais e duas promoções culturais, em que os participantes concorrerão a dois livros autografados: "As Mulheres Que Não Sabem Chorar", da autora Lilian Farias e "O Abominável Dr. Zola", do autor R. F. Lucchetti. 


 Nas páginas finais, o leitor poderá conferir contos elaborados pelos autores Ademir Pascale, editor da revista, Misa Ferreira, Zoraya Cesar, Ricardo de Lohem, Wagner S. G. Azevedo, Míriam Santiago e Neyd Montigelli.
 
Espero que gostem dessa nova edição. Para parcerias, patrocínios etc, escreva para: pascale@cranik.com e fale com Ademir Pascale.


Cinco poetisas que você não pode deixar de ler



Quem já não teve aquela sensação estranha, e por vezes bem desagradável, de precisar expressar algo que lhe vai na alma, e constatar que não há palavras suficientes para tal? Esse é o momento em que nasce a poesia! Através dela, tudo pode ser dito. A poesia, com todas as suas figuras de linguagem, supre as limitações da língua, na medida em que a subverte. Nem sempre os poemas são de fácil interpretação (quase nunca são!), já que o poeta opta por percorrer, não o menor e mais simples caminho entre dois pontos, mas o mais rico em possibilidades interpretativas. Ler um poema é como amar, pode até dar medo, mas sem entrega, não acontece. Deixo abaixo, uma lista de cinco das minhas poetisas preferidas. Como sempre tenho dito, nenhuma lista é perfeita e, certamente, havia várias outras que poderiam estar aqui, mas que serão mencionadas em outra oportunidade. 

Florbela Espanca
Com esta foi amor à primeira leitura. Apaixonei-me por sua poesia, ainda menina, ao ouvir uma música de Raimundo Fagner, cuja letra é um soneto de Florbela chamado Fanatismo. Deixarei, além do poema, um vídeo para quem quiser conhecer a música. Florbela é uma poetisa portuguesa, que morreu em 8 de dezembro de 1930, no dia em que completava 36 anos, após consumir uma dose excessiva de veronal. Dona de uma profunda sensibilidade, não conseguia ajustar-se a um mundo tão hostil. Para aqueles que tiverem interesse em saber mais, há um filme português que conta a sua vida. Para conhecer mais alguns de seus poemas ou baixar livros gratuitamente (livros em domínio público, sem problemas com direitos autorais), clique AQUI

Fanatismo
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver !
Não és sequer a razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida !

Não vejo nada assim enlouquecida ...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida !

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa ..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim !

E, olhos postos em ti, digo de rastros :
"Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus : Princípio e Fim ! ..."




Ana Cristina Cesar
Essa eu conheci mais tarde, já estava na faculdade.  E para ser sincera, não foi uma admiração que surgiu imediatamente. Aconteceu aos poucos, leitura após leitura, mas certamente, é uma autora que levarei comigo para sempre. Ana nasceu no Rio de Janeiro, em 1952, pertencendo ao que se chama de geração mimeógrafo, poetas da década de 1970. Fazia parte do movimento Poesia Marginal. Ana C. chegou a escrever livros de crítica literária também. Lamentavelmente, parece que esse mundo é mesmo um lugar adverso às almas sensíveis como a de Ana, pois, aos 31 anos, ela comete suicídio, nos deixando órfãos de sua poesia. 

Que desliza
Onde seus olhos estão
as lupas desistem.
O túnel corre, interminável
pouso negro sem quebra
de estações.
Os passageiros nada adivinham.
Deixam correr
Não ficam negros
Deslizam na borracha
carinho discreto
pelo cansaço
que apenas se recosta
contra a transparente escuridão.

Alice Ruiz
Foi casada com Paulo Leminski, com quem teve três filhos. Por gostar muito desse poeta, muito cedo, por curiosidade, fui atrás dos poemas de sua esposa. Logo nos primeiros contatos que tive com sua poesia, ela deixou de ser, para mim, a mulher de Leminski, para se tornar simplesmente Alice Ruiz, uma das maiores poetisas da atualidade. As primeiras publicações de suas poesias foram feitas em revistas e jornais, o primeiro de seus vários livros foi publicado somente aos 34 anos. Alice é, também, compositora. A autora mantém um site, e quem quiser visitá-lo para saber mais, clique AQUI.

Saudação da saudade
Minha saudade
saúda tua ida
mesmo sabendo
que uma vinda
só é possível
noutra vida.

Aqui, no reino
do escuro
e do silêncio
minha saudade
absurda e muda
procura às cegas
te trazer à luz.
 

Ali, onde
nem mesmo você
sabe mais
talvez, enfim
nos espere
o esquecimento.

Aí, ainda assim
minha saudade
te saúda
e se despede
de mim.


Cecília Meireles
Conheci na infância, no tempo da escola. Embora seja muito comum que a escola afaste algumas crianças de poetas e escritores clássicos, obrigando-as a ler antes de as seduzir com as obras, posso dizer que foi lá que o meu amor pela poesia de Cecília Meireles nasceu. O que mais me comove em sua escrita é a capacidade que ela tem de ser sutil e delicada sem deixar de ser profunda e intensa. A poetisa nasceu no Rio de Janeiro, sendo criada pela avó, pois perdeu os pais ainda na primeira infância. Além da poesia, dedicou-se à carreira de professora.

Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.


Adélia Prado
Com Adélia também foi amor à primeira leitura, porém, eu já não era mais uma adolescente, como no caso de Florbela Espanca. Lembro-me de que sua habilidade em mostrar um olhar diferenciado sobre o cotidiano, sobre coisas simples que, quase sempre, passam despercebidas, simplesmente me encantou, e nunca mais deixei de ler os seus lindos poemas. Nascida em Divinópolis, além de poetisa e professora, Adélia também escreve belíssimos contos. Quem tiver interesse em conhecer mais alguns de seus poemas, clique AQUI.

Casamento
Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.

O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.



Cinco obras escritas por mulheres, que você não pode deixar de ler

Nem sempre o ofício da escrita, sendo exercido por mulheres, foi algo visto com bons olhos. Muitas delas precisavam utilizar-se de um pseudônimo para poderem viver plenamente o prazer de escrever. No mundo atual, vivemos uma realidade muito diferente. Em uma sociedade que se pretende justa e igualitária, as mulheres conquistam, merecidamente, diga-se de passagem, cada vez mais o seu lugarzinho ao sol. Com relação ao mercado editorial não poderia ser diferente, as mulheres estão cada vez marcando mais presença, não apenas em quantidade de obras publicadas, mas na qualidade das publicações, o que é mais importante, sem nenhuma dúvida. 

Quando pensei em fazer a escolha de alguns livros, bem ao estilo top 5, já sabia a dificuldade que seria elencar algumas obras e deixar outras de lado. Deixo claro, no entanto, que a escolha destes títulos não desmerece os outros tantos que ficaram de fora. Abaixo, apresento a lista que fiz, de cinco livros imperdíveis, escritos por mulheres, com as respectivas sinopses (retiradas do Skoob). Aproveito para lembrá-los de que essas autoras possuem outros livros publicados, igualmente bons (excelentes, na verdade!). Os critérios de escolha foram baseados nas minhas impressões de leitura, são subjetivos, portanto. Espero que apreciem (sem moderação)!

Americanah, de Chimanda Ngozi Adichie
Lagos, anos 1990. Enquanto Ifemelu e Obinze vivem o idílio do primeiro amor, a Nigéria enfrenta tempos sombrios sob um governo militar. Em busca de alternativas às universidades nacionais, paralisadas por sucessivas greves, a jovem Ifemelu muda-se para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo que se destaca no meio acadêmico, ela se depara pela primeira vez com a questão racial e com as agruras da vida de imigrante, mulher e negra. Quinze anos mais tarde, Ifemelu é uma blogueira aclamada nos Estados Unidos, mas o tempo e o sucesso não atenuaram o apego à sua terra natal, tampouco anularam sua ligação com Obinze. Quando ela volta para a Nigéria, terá de encontrar seu lugar num país muito diferente do que deixou e na vida de seu companheiro de adolescência. Chimamanda Ngozi Adichie parte de uma história de amor para debater questões prementes e universais como imigração, preconceito racial e desigualdade de gênero.

Aguapés, de Jhumpa Lahiri (resenha AQUI)
Neste novo país enorme, parecia não haver lugar para o país anterior. Não havia nenhuma ligação entre os dois; a única ligação era ele. Aqui a vida deixava de tolhê-lo ou de atacá-lo. Aqui a humanidade não estava sempre empurrando, forçando, correndo como que perseguida por um fogaréu. Dificilmente outras palavras narrariam tão bem a sensação de estar em outro país, o choque cultural, a memória longe, em casa. E o que é uma casa afinal? É onde está o coração? Essas e outras questões são postas a exame no novo romance de Jhumpa Lahiri, Aguapés, finalista do Man Booker Prizer e do National Book Award de 2013.
Lahiri amplia o terreno de sua ficção nesta história que se passa tanto na Índia como nos Estados Unidos, com os ingredientes das tradições ocidental e oriental: a jornada de dois irmãos rumo ao desconhecido, ao risco, os conflitos de uma mulher ainda presa ao passado e o aspecto político de um país no caos de uma revolução.
Pelas aventuras e escolhas de Subhash e Udayan Mitra, um nos Estados Unidos e outro na Índia, acompanhamos o quanto a perspectiva pessoal e subjetiva desses dois irmãos ecoa em uma base histórica, da fundação da Índia como um todo e de sua relação com os ingleses e com a língua inglesa, em que as geografias são reatualizadas a cada instante.
Exílio, retorno e destino, temas fundadores da literatura clássica, passam por reavaliação em Aguapés, em um processo de descobertas pessoais e paixões de seus personagens e da própria narrativa, que nos conta tudo com uma voz suave e comovente.


Antes do Baile Verde, de Lygia Fagundes Telles
Reunião de narrativas escritas entre 1949 e 1969, Antes do baile verde é considerado por muitos críticos o livro de contos literariamente mais bem-sucedido de Lygia Fagundes Telles.
As situações narradas são as mais diversas. Em "A caçada", um homem fica a tal ponto intrigado com uma velha tapeçaria encontrada num antiquário que acaba por mergulhar na cena retratada na peça, como se tivesse participado dela numa outra vida ou numa outra dimensão. Já no macabro "Venha ver o Pôr-do-Sol", um rapaz leva sua ex-namorada a um jazigo de família abandonado. Conflitos amorosos também são tema de "Apenas um Saxofone", "Um Chá bem Forte e Três Xícaras", "O Jardim Selvagem" e "As Pérolas". Mas o enfoque é sempre diverso e surpreendente. Em "O Menino", por exemplo, uma infidelidade conjugal é observada de modo oblíquo, pelos olhos de um garoto que vai ao cinema com a mãe.
Mas o escopo humano e literário de Lygia não se restringe aos dramas de casais. "Natal na Barca" é uma pequena parábola, com final epifânico. "Meia-noite em Ponto em Xangai" é o balanço que uma prima-dona da ópera faz de sua vida solitária e vazia. Em "O moço do Saxofone" um motorista de caminhão hesita em ir para a cama com uma mulher casada numa pensão de beira de estrada. Em "A Janela", um louco visita um bordel dizendo que é a casa onde seu filho morreu.
Com sua prosa segura e elegante, alternando com desenvoltura gêneros e vozes narrativas, a autora expõe aqui no mais alto grau sua capacidade de seduzir e emocionar o leitor.


Lendo Lolita em Teerã, de Azar Nafisi
A autora iraniana Azar Nafisi nos conduz à intimidade da vida de oito mulheres que precisam encontrar-se secretamente para explorar a literatura ocidental proibida em seu país. Durante dois anos, antes de deixar o Irã, em 1997, Nafisi e mais sete jovens liam em conjunto Orgulho e Preconceito, Madame Bovary, Lolita e outras obras clássicas sob censura literária. A narrativa de Nafisi remonta aos primeiros dias da revolução islâmica liderada pelo aiatolá Khomeini (1979), quando a autora começou a lecionar na Universidade de Teerã, em meio a um turbilhão de protestos e manifestações. Obra de grande paixão e beleza poética que nos ajuda a entender os sangrentos conflitos do Irã com o vizinho Iraque, e a tirania do regime islâmico.

Ao Farol, de Virginia Woolf
Sra. Ramsay, uma mulher madura, bela, maternal e serena; sr. Ramsay, um renomado e árido filósofo; os filhos e criados do casal; Lily Briscoe, amiga da família e aspirante a pintora. Todos estão passando o verão na Ilha de Skye, na Escócia, cercados por outros amigos e conhecidos. James Ramsay, de seis anos, anseia por um prometido passeio ao farol da ilha, enquanto recorta figuras de um catálogo na companhia da mãe.
Com essa cena de abertura, em si trivial, Virginia Woolf construiu um dos mais influentes romances do século XX, segundo críticos e leitores. Publicado em 1927, quando Woolf era já uma crítica respeitada e autora de alguns livros (entre os quais Mrs. Dalloway, de 1925 o primeiro da sua tríade experimental, que seria completada com As ondas, em 1931), Ao farol é um romance rico, multifacetado, cujos vários e combinados aspectos compõem a marca da grande obra-prima. Por um lado, representa ricamente seu tempo, revelando a vida de uma família inglesa abastada, a ameaça soturna da guerra, a tensão subjacente às relações familiares e os conflitos entre homens e mulheres; por outro lado, constitui-se numa delicada e pungente filigrana ficcional, sobre a inevitabilidade da passagem do tempo e da morte; propõe uma jornada ao interior da consciência dos personagens, num novo estilo narrativo; e, por último, como é próprio das grandes realizações artísticas, reflete sobre a própria natureza da arte.



Parceria com a autora Lilian Farias

Amigos e leitores do blog Leituras Compartilhadas, temos a honra e a alegria de apresentar a nossa nova parceira, Lilian Farias, autora dos livros O Céu é Logo Ali e Mulheres Que Não Sabem Chorar. Deste último, teremos resenha por aqui em breve. As obras da autora abordam temas como sexualidade, liberdade, amor, preconceito, homossexualidade, violência sexual e alcoolismo. Os temas que incomodam são os seus preferidos. Quem quiser saber um pouco mais sobre a Lilian Farias pode visitar o seu blog, AQUI. Abaixo, deixo as sinopses de seus livros, retiradas do Skoob. 

O Céu é Logo Ali"O céu é logo ali representa a liberdade que são as borboletas e nos pássaros. Dolores e Clarice são mulheres que buscam tal liberdade. Dolores é uma mulher de muitas experiências; de vida simples e sem amigos. O único amigo que possui é esquizofrênico e a trata com muito carinho. Clarice é cheia de mimos e sempre teve de tudo, mas o que as liga são suas tribulações de sentimentos e busca por liberdade. Dolores fica encantada com o mais simples dos gestos, um pingo de chuva sobre a pele faz dela a pessoa mais feliz e livre do mundo. Já Clarice tem a vida dos sonhos, porém o destino pode destruí-lo com rapidez. O livro da Lilian é profundo e tocante. Ele nos mostra que devemos aproveitar o momento porque tudo pode acabar em um piscar de olhos." (Fernanda Bezerra)
"Ao adentrarmos nos mundos distintos dessas duas jovens, mergulhamos numa profusa miscigenação de anseios, lutas, estratégias de sobrevivência. A história de duas mulheres que, unidas pelo destino, resolvem aflorar todo fluxo de sobrevivência do "ser", do corpo, da alma, da mente, que advém quando se é permitido ser livre. Liberdade, essa, assemelhada a quem saboreia o voo das borboletas." (Valéria Sabrina)
 


Mulheres Que Não Sabem Chorar: A vida de Marisa é regida pelo controle. Seja à frente do seu trabalho ou da vida dos filhos, ela é racional, mantendo-se sempre fria, um ser à parte das banalidades, cuja única preocupação é ser um exemplo. Olga é sua antítese. Sentimentos à flor da pele, dor flagelando a carne, pensamentos embaçados pelo esquecimento proporcionado pelo álcool. Sozinha, preocupa-se em apenas ser, em um mundo cercado por fatos que não reconhece mais como seus. Enquanto isso, Ana e Verônica esbarram com o acaso.
Duas senhoras solitárias, vizinhas e antagônicas. Será que um dia alguém acharia que poderiam viver em paz? Mais ainda, será que poderiam se apaixonar? Duas jovens livres e independentes. O que as impede de ficar juntas?
Mulheres que não sabem chorar é mais que uma história de amor entre iguais. Junto a estas personagens tão humanas, o leitor vê-se despido dos preconceitos, pudores e medos. Ora crua, ora poética, a trama nos obriga a enfrentar o espelho e se ver como nunca imaginou antes. Pois ao mergulhar neste romance, o que fará você pensar não é a forma como vê o amor, mas sim a forma com que ele se volta em sua direção. Esteja preparado.
(Danilo Barbosa - Autor de Arma de Vingança)


Eu te amo mais, chick lit de Vanessa Sueroz

Eu te amo mais, chick lit de Vanessa Sueroz, é um conto epistolar moderno, o que não deixa de ser curioso, se considerarmos o fato de que, quanto mais crescem as redes sociais, menos cartas se escreve. Talvez esse seja o maior encanto do texto, resgatar uma inocência que há muito já esquecemos, recuperar um certo jeito de amar, profundo e verdadeiro, que já não se conhece mais, em uma época em que se pode romper um relacionamento apenas com o toque de um dedo em um botão do teclado.

Marlene e Rodrigo, dois jovens apaixonados, têm um relacionamento de quatro anos, e um amor que começou muito antes disso, no tempo da escola. O conto inicia com uma carta, de Marlene para Rodrigo, cheia de argumentos que tentam provar por que a menina ama mais o seu namorado do que ele a ela. 

Quando iniciei a leitura, levantei algumas hipóteses sobre as razões pelas quais a garota toma essa atitude. No entanto, essas hipóteses são derrubadas quando lemos a carta que Rodrigo escreve em resposta a sua namorada e, principalmente, quando lemos a carta que Marlene escreve à sua melhor amiga, contando o desfecho. É então que percebemos que a garota tinha um objetivo com essa carta, e que esse objetivo foi alcançado. Obviamente que, para saber que objetivo é esse, só lendo, mas posso dizer que todos ficaram felizes no final.


Lançamentos de fevereiro do Grupo Editorial Pensamento

 Aí estão os lançamentos do mês de fevereiro das quatro editoras que compõem o Grupo Editorial Pensamento (post um pouquinho atrasado, mas tudo bem!). Espero que gostem, pois eu fiquei babando! É um livro melhor que o outro, difícil de escolher um, viu! Muito bem, vamos às sinopses:

Editora Cultrix: 

O Funcionamento da Mente, de Augusto Cury
Nesta obra, o Dr. Augusto Cury esmiúça a Teoria da Inteligência Multifocal, desvendando algumas áreas vitais dos bastidores da psique, numa linguagem muito acessível e dirigida a um público mais amplo. O que é o Eu? Como os pensamentos são construídos? De que modo as emoções influenciam a racionalidade? Como acessamos a nossa memória? Estas e muitas outras questões são discutidas em detalhes nesta obra. A mente é de fato um mundo a se explorar dentro de cada ser humano. Prepare-se para se surpreender e romper todos os seus paradigmas. Compre o livro AQUI/Leia o primeiro capítulo AQUI

A Essência da Meditação, de Osho
Osho desenvolveu várias técnicas de meditação praticadas no mundo inteiro. Ele deixa bem claro que nenhuma técnica, por si só, conduz à meditação. Esta acontece além da mente - e, além da mente, nenhuma técnica consegue chegar. Em seis livros sucintos, porém fascinantes, Osho nos mostra como, em vez de viver com medo, podemos aprender a amar; em vez de nos sentirmos em perigo, podemos usufruir da eternidade. Tudo isso por meio da meditação, pela perspectiva de um dos maiores místicos de todos os tempos. Compre o livro AQUI/Leia o primeiro capítulo AQUI

Editora Jangada:

Os Humanos, de Matt Haig
Quando um visitante extraterrestre chega à Terra, suas primeiras impressões da espécie humana são pouco positivas. Ao assumir a forma do professor Andrew Martin, da Universidade de Cambridge, o visitante está ansioso por cumprir a tarefa macabra que lhe foi incumbida e voltar rapidamente para seu planeta. Ele se sente enojado pela aparência dos humanos, pelo que eles comem e por sua capacidade de matar e guerrear. Mas, à medida que o tempo passa, ele começa a perceber que pode haver mais coisas nessa espécie do que havia pensado. Disfarçado de Martin, ele cria laços com sua família e começa a ver esperança e beleza na imperfeição humana, o que o faz questionar a missão que o levou à Terra. Compre o livro AQUI/Leia o primeiro capítulo AQUI

Editora Seoman:

O Irlandês, de Charles Brandt
A parti r da envolvente história de Frank Sheeran temos acesso aos bastidores de um matador de aluguel, que discorre também sobre outros notórios assassinatos e proporciona uma rara visão de como funciona a Máfia. Ao longo de quase cinco anos de entrevistas gravadas, Frank Sheeran confessou que fora responsável por mais de vinte e cinco assassinatos a serviço da Máfia, incluindo o de seu amigo Hoff a. Sheeran aprendeu a matar enquanto esteve no Exército dos Estados Unidos; ao voltar para casa, ele se tornou um assassino de aluguel, trabalhando para o lendário chefão do crime Russell Bufalino. Compre o livro AQUI/Leia o primeiro capítulo AQUI


Editora Pensamento:

A Bíblia do Ayurveda, de Anne McIntyre
Com ilustrações coloridas e informações práticas e acessíveis, este guia abrangente explica tudo sobre o Ayurveda, um sistema de cura indiano milenar, originário nas antigas escrituras védicas e praticado até os dias de hoje. Você vai aprender como cultivar sua saúde e bem-estar por meio da alimentação, do estilo de vida e de práticas espirituais, de acordo com seu dosha ou tipo de constituição. Também inclui instruções detalhadas sobre o tratamento holístico ayurvédico recomendado para as doenças mais comuns, com sugestões de ervas medicinais, alimentos, massagens e meditações, conduzindo você pela sabedoria desse sistema de cura completo, que abarca corpo, mente e espírito. Compre o livro AQUI/Leia o primeiro capítulo AQUI

A Bíblia da Aromaterapia, de Gill Farrer Halls
Esta obra explica como escolher e usar óleos essenciais para a saúde, a beleza e o bem-estar. Ela contém tudo o que você precisa saber sobre o assunto, inclusive tratamentos para a pele, técnicas de massagem, como criar perfumes para os diferentes estados de ânimo, remédios simples para doenças comuns e meditações para relaxamento. Também fornece uma lista de 68 óleos essenciais, que descreve as características de cada um dos óleos, enumera suas principais propriedades terapêuticas e alerta sobre possíveis contraindicações. Com ilustrações belíssimas, informações práticas e acessíveis, você irá se encantar com o mundo mágico e fascinante dos aromas. 
Compre o livro AQUI/Leia o primeiro capítulo AQUI