Sorteio do livro Número Zero, de Umberto Eco


Queridos amigos e leitores, o blog Leituras Compartilhadas  deu início ao sorteio do livro Número Zero, de Umberto Eco, o último romance publicado pelo autor, antes de sua morte, em fevereiro deste ano. Para saber um pouco mais sobre a obra, leia a resenha AQUIO sorteio será realizado entre os dias 29/07/2016 e 29/08/2016.

Para participar é muito simples, você só precisa:

  •  Possuir um endereço de entrega no Brasil.
  •  Seguir o blog Leituras Compartilhadas.
  •  Curtir a fan page do blog, AQUI
  •  Compartilhar o post de divulgação do sorteio no Facebook, em modo público, AQUI.
  • Preencher e enviar o formulário abaixo.


Os itens acima são obrigatórios.

O sorteio será efetuado, após às 23:59 do dia 29/08, no site random.org. O resultado  será informado por e-mail e, caso o sorteado não tenha cumprido os itens obrigatórios, ou não entre em contato em três dias após o envio do e-mail, será efetuado um novo sorteio.

Para maiores informações, entre em contato pelo e-mail compartleituras@gmail.com, ou por inbox na fan page do blog.

Boa sorte aos participantes!




Atualização: o sorteado foi João Pedro Motta Ribeiro. Já entramos em contato através do e-mail informado no formulário.


As amigas da casa do sol, de Fátima Freitas - Editora Autografia

As amigas da casa do sol, de Fátima Freitas - Editora Autografia
As amigas da casa do sol, livro de poemas de Fátima Freitas, da Editora Autografia, é uma ode à natureza feminina. Todo escrito em prosa poética, o livro surpreende pelos múltiplos olhares lançados ao universo feminino, desde o cotidiano da mulher até o seu papel no  mundo. Com um forte viés feminista, o livro nos apresenta uma autora  que questiona a identidade da mulher atual, ao mesmo tempo em que a homenageia em todos os âmbitos da vida, inclusive como leitora de seus poemas. Uma singela homenagem às guerreiras de alma sensível que se comovem com poesia:

LEITORA TU ÉS A MULHER DESSE POMA
nesse poema mulher bonita cheirosa e faceira
Tens a força de guerreira
Descobri que tudo podes
Pois é livre, dona de si
Tudo podes se quiser, tu tens força de mulher
Mulher de todo universo
De todo solo terrestre ou sobre as águas
Dos rios e dos oceanos
De norte a leste de todos os continentes dos países existentes
Descobri que tudo podes, tens força de mulher de luta
Pois é livre mulher
Mulher bonita e faceira, mulher preta guerreira
Mulher misteriosa dona de um saber africano e brasileiro
Mulher de fibra e coragem tens a força da mulher
Nas linhas corridas desse poema, mulher de todos os amores
De todas as raças e todas as cores

As amigas da casa do sol é um livro de rápida leitura e de fácil compreensão, que nos leva a refletir sobre questões sociais da atualidade e sobre alguns padrões impostos à mulher, que precisam ser rompidos. E por proporcionar essa reflexão, serve como estímulo ao surgimento de uma nova mulher. 


As amigas da casa do sol, de Fátima Freitas - Editora Autografia

Caminhando na chuva, de Charles Kiefer - Editora Leya

Caminhando na chuva, de Charles Kiefer - Editora Leya
Caminhando na chuva, o primeiro livro do consagrado escritor gaúcho Charles Kiefer, foi publicado pela primeira vez em 1982, e já conta com mais de 100.000 exemplares vendidos. Em 2012, a Editora Leya publicou uma edição comemorativa de 30 anos da obra. Caminhando na chuva conta a história do descendente alemão Túlio Schüster  um jovem pobre, habitante da cidade fictícia de Pau D'Arco. A história é narrada em primeira pessoa, pelo próprio Túlio, que conta sobre situações vividas em férias na casa dos avós, sobre a escola, sobre sua paixão pela literatura e, sobretudo, fala sobre a descoberta do amor.


Túlio é um rapaz humilde, de hábitos simples e que, embora pertencesse a uma família de parcos recursos financeiros, tinha uma vida feliz. Por passar grande parte de sua vida em uma fazenda, acostumou-se ao contato com a natureza, e gostava muito disso. Costumava cultivar o hábito da caça e da pesca, e apreciava a noite e a chuva, o que já se pode inferir pelo título da obra. Através das reflexões que Túlio faz sobre a avó, por quem tem grande admiração, podemos perceber a visão sensível que o jovem possui das dificuldades e dos dramas femininos. Como geralmente acontece na adolescência, o rapaz vive inúmeros conflitos internos que, aos poucos, vão sendo apresentados ao leitor. Quando sentia-se com dificuldade de expressar esses conflitos internos, Túlio gostava de caminhar na chuva, como uma forma de se renovar, pois suas lágrimas seriam confundidas com a chuva.

Caminhando na chuva, de Charles Kiefer - Editora LeyaEm meio a este furacão chamado adolescência, o jovem pobre ganha uma bolsa de estudos para uma escola particular, onde conhece alguns dos amigos mais importantes de sua vida, além de seu primeiro amor, Rosana. O problema é que Túlio tinha vergonha de sua condição de aluno mais pobre da escola, além de ser filho de caminhoneiro, o que não deixava de ter um certo fundamento, já que a família de Rosana, muito rica, não aceitava o relacionamento da menina com Túlio. Por fim, acabam enviando a moça para Porto Alegre. O que abala Túlio profundamente.

Esse livro foi escrito quando o autor era ainda muito jovem, e narra a história de personagens muito jovens, mas os dramas vividos por eles são universais e atemporais, o que faz com que a leitura seja agradável e envolvente em todas as idades. Nesta obra já podemos perceber, ainda que em estado bruto, o grande escritor que Charles Kiefer se tornaria um dia. A obra nos proporciona uma leitura leve e divertida, e ao mesmo tempo, nos leva a refletir sobre certas angústias que surgem na adolescência, uma fase difícil por natureza. Além disso, Caminhando na chuva nos apresenta sentimentos, tais como certos medos e inseguranças e, sobretudo o sentimento de esperança no futuro, sentimentos esses que nos acompanharão no decorrer da vida. Leitura mais do que recomendada! Deixarei abaixo um vídeo para aqueles que queiram conhecer um pouco mais do autor.




Caminhando na chuva, de Charles Kiefer - Editora Leya

Achados e perdidos, de Stephen King - Livro 2 da trilogia Bill Hodges - Editora Suma de Letras

Achados e perdidos, de Stephen King - Livro 2 da trilogia Bill Hodges - Editora Suma de Letras
Achados e perdidos, escrito por Stephen King,  e publicado pela Editora Suma de Letras, é o segundo livro da trilogia Bill Hodges. O primeiro, intitulado Mr. Mercedes, foi lido e resenhado por mim (confira AQUI) há uns dois meses. Quando terminei a leitura de Mr. Mercedes, havia gostado tanto que já não via a hora de ler o segundo livro. O segundo livro da trilogia não me decepcionou em nenhum momento, e posso dizer que estou doidinha para ler o terceiro.

Em Achados e perdidos reencontramos personagens do livro anterior, mas também conhecemos outros. A obra é dividida em três partes, a primeira delas inicia com o assassinato do escritor Rothstein e o roubo de vários de seus manuscritos, além de uma quantia em dinheiro. Entre os manuscritos, havia a continuação de uma trilogia de grande sucesso publicada pelo autor. Essa continuação jamais fora lida por ninguém, e é a obsessão  de Morris Bellamy, que invade a casa do escritor e o mata para roubá-lo. Por ironia, antes de conseguir ler os tão desejados manuscritos, Morris vai preso por outro crime que comete, e passa 36 anos na prisão, deixando o produto de seu roubo muito bem escondido. Intercalada com a história de Morris Bellamy, acompanhamos as dificuldades pelas quais passa a família do adolescente Peter Saubers, cujo pai fora gravemente ferido  na tragédia causada pelo assassino do Mercedes, no livro anterior. Em virtude da crise financeira pela qual a família passa, Peter acaba indo morar na casa em que Morris vivia antes de ser preso, o que o leva ao baú no qual Morris escondeu o seu "tesouro". E, então, o caminho dos dois se cruza e Peter passa a correr risco de morrer nas mãos do ex-presidiário.

Achados e perdidos, de Stephen King - Livro 2 da trilogia Bill Hodges - Editora Suma de LetrasÉ a partir daí que os nossos amigos do livro anterior, o detetive aposentado Bill Hodges; a maluquinha, mas muito inteligente Holly Gibney e o garoto Jerome Robinson entram na história, correndo contra o tempo para proteger Peter e sua família. O livro possui um ritmo muito interessante, que na primeira parte não é muito acelerado, mas é bastante envolvente, indo e voltando no tempo, para contar as histórias de Peter e de Morris, até que os dois tempos e as duas histórias se encontram. Já na segunda parte, a narrativa começa a acelerar, pois, por causa de um erro cometido, Peter torna-se alvo de Morris. E quanto mais o ritmo avança, mais difícil vai ficando de largar o livro. Posso dizer que em alguns momentos, senti o coração pular e a respiração acelerar. Embora Peter e Morris sejam personagens completamente diferentes, há algo que os une: a paixão pela literatura, sobretudo pela obra de Rothstein, que transformou a ambos, um para melhor e o outro para melhor. Achados e perdidos é um thriller de tirar o fôlego, mal posso esperar para ler o terceiro livro da trilogia. Se tivesse que resumir o livro em uma palavra: maravilhoso.

Achados e perdidos, de Stephen King - Livro 2 da trilogia Bill Hodges - Editora Suma de Letras

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Ben-Hur, de Lew Wallace - Editora Jangada

Ben-Hur, de Lew Wallace - Editora Jangada
Publicado em 1880, o clássico épico do tempo de Jesus, Ben-Hur, de Lew Wallace, lançado recentemente pela Editora Jangada, é um livro que deu origem a vários filmes, sendo que a primeira produção, de 1959, com doze indicações para o Oscar, levou onze estatuetas, incluindo melhor filme, melhor diretor e melhor ator. A versão cinematográfica mais recente tem no seu elenco o ator Jack Huston como Ben-Hur, e Rodrigo Santoro como Jesus, e será lançada em agosto deste ano, aqui no Brasil, em versões 3D e 2D, ou seja, ainda dá tempo de ler o livro antes de assistir ao filme. Mais informações sobre o filme, AQUI.

O livro conta a história de Judá Ben-Hur, homem íntegro e devotado à família e à religião, que, traído pelo melhor amigo, Messala, acusado de um crime que não cometera, é condenado à escravidão. O "amigo" o acusa de atentar contra a vida do cônsul romano, em uma época em que o Império Romana tem grande poder e domínio. É então que inicia a saga de Ben-Hur, e durante todas as situações difíceis pelas quais o protagonista passa, o leitor acompanha e vivencia suas angústias e superações. Ben-Hur não sabe o que sucedeu com sua mãe e com sua irmã, pois sua casa foi desmoralizada e todos os seus bens confiscados, tendo o traidor Messala como um dos beneficiários.

Ben-Hur, de Lew Wallace - Editora JangadaMas sendo um homem de bem, dotado de uma personalidade cativante, o nosso protagonista encontra ajuda de pessoas importantes, como o próprio Jesus Cristo. Ben-Hur conquista a confiança de um homem muito rico, cidadão romano que o torna livre, enviando-o a Roma para aprender técnicas de luta da época. Após passar por inúmeras situações muito difíceis, Ben-Hur consegue voltar para reencontrar a sua família e para vingar-se de Messala, vencendo-o em uma corrida muito emocionante (não é à toa que a história se presta tão bem a adaptações cinematográficas).

Quando Judá Ben-Hur conhece Baltazar, um dos três reis magos da história de Jesus, ele começa a se interessar pelos ensinamentos do Messias, seguindo-o por um longo tempo e presenciando milagres muito importantes, como a cura da mãe e da irmã, condenadas pela lepra. O nosso herói consegue entender a visão espiritual, trazida por Jesus, do Reino de Deus, e participa de momentos importantes da vida do Mestre. Ele está presente em seu batismo e em sua crucificação, da mesma forma que o Cristo participa do momento mais tristes de sua vida, quando ele fora levado como escravo, momento em que Jesus lhe oferece água. A fé e a busca espiritual constituem-se no eixo que sustenta a história. Ben-Hur traz uma narrativa envolvente, cuja ambientação nos transporta para dentro do livro, fazendo com que as mais de 500 páginas não se tornem pesadas, ao contrário, ficamos presos ao livro na tentativa de saber como a história se desenrolará. Para mim, que aprendi a amar os filmes épicos (e Ben-Hur, inclusive) desde muito jovem, o livro é uma pérola. Recomendo a leitura da obra aos amantes de épicos e de relatos bíblicos, mas sobretudo, a quem aprecia uma leitura de qualidade.

Abaixo deixo dois vídeos, o primeiro é o trailer do filme que será lançado em agosto; o segundo traz algumas imagens do filme de 1959, ganhador das onze estatuetas. 





Ben-Hur, de Lew Wallace - Editora Jangada


Paris do Oriente, de Belinda Alexandra - Editora Fundamento

Paris do Oriente, de Belinda Alexandra - Editora Fundamento
Paris do Oriente é um romance histórico da escritora australiana Belinda Alexandra, publicado pela Editora Fundamento. A história tem seu início em 1945, na cidade chinesa de Harbin, onde vivem famílias de refugiados russos que fugiram da revolução comunista, em 1917. A nossa jovem protagonista, Anya, é uma menina de 13 anos, filha de um ex-oficial do exército  russo, que servia ao czar e, por isso, precisou fugir da Russia após a revolução comunista. No ponto em que a narrativa começa, a menina já havia perdido o pai, vítima de um acidente, e vivia com sua mãe, Alina, neste último ano da Segunda Guerra Mundial, em uma cidade dominada pelos japoneses. Com a derrota dos Países do Eixo, os russos invadem Harbin. Anya e sua mãe são separadas. A menina é enviada para Xangai, aos cuidados de Sergei, um russo muito rico, dono da boate Moscou-Xangai e casado com a norte-americana Amélia, uma mulher cruel e interesseira. 

Em Xangai, sempre com a esperança de reencontrar sua mãe, a vida da menina muda completamente. Anya, através do amor, conhece o céu e o inferno. Em 1949, acontece a Revolução Chinesa, e os russos invadem Xangai. Anya precisa fugir, pois sendo filha de um coronel do Exército Branco, será morta, caso caia nas mãos dos comunistas. Vítima da pior das traições e amargando uma imensa perda, a menina, agora com 17 anos, refugia-se na Austrália, com a ajuda de um amigo que trabalha na embaixada americana. Vendo-se completamente sozinha, a garota precisa lutar para sobreviver em um mundo hostil. E é exatamente isso que ela faz, tornando-se mulher nessa terra estranha que a acolheu. A nossa personagem torna-se, então, uma nova australiana. 

Paris do Oriente, de Belinda Alexandra - Editora FundamentoA história é narrada pela própria Anya, o que limita a visão que temos dos acontecimentos, pois só podemos enxergar o universo narrativo através dos olhos da narradora-protagonista. Pessoalmente, acredito que a escolha da autora não poderia ter sido melhor, pois com esse tipo de narrador, foi possível acompanhar muito de perto o mundo interior da personagem, enxergamos a realidade com seus olhos, o que fez com que se criasse um vínculo muito forte entre a leitora e a narradora. Foi possível compartilhar com Anya as suas dúvidas, as suas certezas, as suas alegrias e as suas decepções, que não foram poucas. Além disso, acompanhamos as dúvidas da jovem quanto ao paradeiro de sua mãe, se estava viva, se estava bem e, sobretudo, se as duas voltariam a se encontrar. Enfim, sabemos tanto quanto Anya sobre situações que lhe dizem respeito e, por isso, somos tão surpreendidos quanto ela com o desenrolar dos acontecimentos.

Eu já havia lido, de Belinda Alexandra, o livro Uma saga na Toscana, cuja resenha pode ser conferida AQUI, e já havia me encantado com o trabalho de pesquisa da autora, muito importante, por se tratar de um romance histórico. Em Paris do Oriente mantive a minha boa impressão nesse sentido, pois a pesquisa é impecável. O livro nos transporta para o período final  da Segunda Guerra, nos dá uma ótima mostra do que foi, para uma descendente russa, viver em plena Guerra Fria, fugindo de seu país após a Revolução Comunista. Creio que um dos pontos fortes do livro seja a mostra que ele nos dá de como o ser humano é capaz de se reinventar, mesmo em meio a grandes decepções e perdas. É muito bonito ver personagens cuja vida fora arrasada por guerras e revoluções, refazendo suas vidas e formando famílias que, em outras circunstâncias, seriam improváveis. Pessoas que perderam seus entes queridos vão se associando e, pelos laços da amizade e do sofrimento, formam novas famílias. Posso dizer que Paris do Oriente é um livro muito emocionante e envolvente, capaz de agradar a públicos variados, desde aqueles que apreciam uma narrativa recheada de elementos históricos, até os que buscam emocionar-se com uma boa leitura. 


Paris do Oriente, de Belinda Alexandra - Editora Fundamento

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A Coroa, de Kiera Cass - Editora Seguinte

A Coroa, de Kiera Cass - Editora Seguinte
A Coroa, de Kiera Cass, Editora Seguinte

Vinte anos se passaram após a seleção, em que America e o príncipe Maxon se apaixonaram loucamente e decidiram formar uma família, dando um sentido às palavras ‘‘felizes para sempre’’.

Em procura da sua alma gêmea, a princesa segue com a seleção em busca de um casamento feliz e duradouro como o dos seus pais, depois de muitas tentativas, pois a jovem princesa tem o pensamento claro que possuía o poder de governar o país sozinha. 

Eadlyn sente-se amedrontada, assim como seu pai, na escolha de um futuro marido para reinar ao seu lado, afinal, não seria nada fácil encontrar o amor para alguém que nunca o vivenciou aos seus olhos.

Os seus adoráveis pretendes tentam conquistar seu coração, mas será que alguém seria valente o suficiente para conquistá-lo? Essa é uma pergunta que todos temos ao longo do livro, pois a princesa jamais seria uma dessas pessoas que se apaixonam rapidamente e intensamente. 

A princesa só não contava com a surpresa de que todas as pessoas em quem ela acredita, estariam longe demais para serem o seu braço direito. Muitas vezes quando estamos sozinhos, recebemos o apoio de quem menos esperamos, será que isso aconteceria com a princesa? 

Sua próxima missão seria encontrar alguém em quem confiasse o bastante para ajudá-la no que precisasse. Uma tarefa completamente delicada e complicada, pois quando se possui um título, não é nada fácil ter alguém ao seu lado em quem se possa confiar de olhos fechados.

Digna de um tratamento extraordinário, a jovem futura rainha é cortejada por todos os cavaleiros que desejam disputar a sua mão.  O que não esperávamos é que seus pretendes virariam seus grandes amigos e aliados. É impressionante como Eadlyn encanta todos que a conhecem plenamente por onde passa. 

Uma dúvida recorrente é: será que alguém tão jovem seria capaz de governar um país quando seus pais deixassem o trono? Ela seria capaz de administrar um título de rainha além dos cuidados com a sua alma gêmea? Acharia sua felicidade no meio de tantos garotos? É o que certamente todo leitor quer, e fica curioso para descobrir o X da questão.

O livro é narrado em primeira pessoa e possui vários aspectos como, por exemplo, mostrar as reações e os sentimentos de Eadlyn, nos tornando mais próximos da princesa, como se fossemos seus fiéis amigos.

Era como uma bomba relógio e ela possuía pouco tempo para encontrar o amor da sua vida, mas afinal, o que seria o amor na sua definição? Ela nunca o conheceu em toda sua vida. Muito menos presenciou um relacionamento amoroso.  O que deixa sua mente conturbada e ansiosa para descobrir o real sentido dessa palavra. Muitas vezes o amor bate em nossa porta numa hora inesperada e urgente, como se fosse um relâmpago nos céus. 

É muito verdadeiro demonstrar o quanto fiquei surpresa e dona de uma sensação boa ao descobrir as circunstâncias com as quais encerram os livros extraordinários da série A Seleção.  Em algumas palavras, o final de A Coroa é surpreendente, e de arrancar algumas lágrimas.

A Coroa, de Kiera Cass - Editora Seguinte

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A casa do poeta, livro de poemas de Leandro Salum - Editora Autografia

A casa do poeta, livro de poemas de Leandro Salum - Editora Autografia
A casa do poeta é um livro de poemas, de Leandro Salum, publicado pela Editora Autografia. O livro não é extenso, mas muito intenso. São 79 poemas distribuídos em 94 páginas. Uma das coisa que me chamou a atenção no trabalho de Leandro Salum é a sua facilidade de transformar em poesia algo para lá de corriqueiro, assim como fazia Mario Quintana, que criava um poema até mesmo vendo uma formiguinha atravessar uma folha de papel em branco. Salum consegue olhar a vida e o cotidiano com um olhar diferenciado, com uma visão singular da vida, o que faz com que até mesmo meras bolhas de sabão transformem-se em um belíssimo poema:

Bolhas de sabão

Parece até besteira
Esta observação:
Quem nunca se encantou
Com bolhas de sabão?
Nos sentimos criadores
De planetas diversos,
Atmosferas multicores,
Que pontuam o universo.
Quanta magia nas esferas
Que duram alguns segundos.
São aquários de quimeras
Que não vivem neste mundo.
São caravelas terráqueas
Partindo para Plutão.
São estrelas supérfluas
Cadentes rumo ao chão.


A casa do poeta, livro de poemas de Leandro Salum - Editora Autografia
Mas não são apenas situações corriqueiras que o autor utiliza em suas poesias. Salum sabe trabalhar muito bem os sentimentos mais profundos, intensos e universais, do tipo a que todos nós estamos sujeitos, como a saudade, mas nem por isso abdica de sua forma simples, envolvente e comovente de se expressar, conforme podemos constatar no poema a seguir:

A gota d'água

Bastou uma gota...
A última gota...
A ínfima gota...

Pra encher o balde...
Pra chover à tarde...
E derramar saudade...

Outra característica encantadora em um poeta é o bom humor utilizado na medida certa, e isso Leandro Salum demonstra ter de sobra, ao apresentar-nos poemas nos quais, embora os temas sejam profundos, o eu-lírico se permite brincar com a própria dor. Observe o poema abaixo, em que o poeta "brinca" com o sentimento de um amor que não se realizou:

Missivas de amor

Ao meu secreto admirador
Escrevo esta missiva.
Devolvo os gestos de amor
Em letra manuscrita

Não me envie, por favor,
Carta sem assinatura.
Já chega de dor.
Isso é loucura!

Cansei de esperar
(Na varanda de casa)
O carteiro chegar
Com cartas em brasa.

Foram tantas poesias...
Tantas palavras lindas...
Lágrimas e alegrias
Todas bem-vindas.

Mas não te revelaste;
Nunca vieste me encontrar.
Agora aqui estou (um traste)
Sem saber como falar.

Com palavras me cativas
Mas o que digo é verdadeiro:
Foram tantas tuas missivas
Que me apaixonei pelo carteiro.

Para finalizar, gostaria de mostrar a vocês, leitores, um dos meus poemas preferidos do livro A casa do poeta. Ao utilizar-se da licença poética para criar um verbo novo, outonecer, Leandro Salum mostra-nos o quanto a vida é cíclica. Através da metáfora das quatro estações, que seguem o seu ciclo natural, o poeta nos faz refletir sobre os nossos ciclos internos. Tenho apenas uma palavra para definir o livro: imperdível.

Outonecendo

O frio desce a colina
Enchendo a campina
De sombras cinzas
E ventos ranzinzas.

A poeira sozinha dança
Cobrindo a esperança
De dias ensolarados
E lagos espelhados.

As aves vão pro sul
Galgando o azul
Do céu descorado
Que parece cansado.

Eu não posso fingir
minhas raízes aqui
Finquei pra sempre
Sempre não livre.

Eu só posso esperar
Que o vento a soprar
Leve minhas folhagens
Como tristes mensagens.

Eu estou outonecendo
O tempo está me vencendo
Sei que virá outra estação
Mas o tempo não para no verão.

A casa do poeta, livro de poemas de Leandro Salum - Editora Autografia

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Lançamentos de julho do Grupo Editorial Pensamento

Lançamentos de julho do Grupo Editorial PensamentoLançamentos de julho do Grupo Editorial Pensamento

Mais uma vez temos o prazer de apresentar, aos nossos amigos e leitores, os lançamentos do  nosso parceiro, o Grupo Editorial Pensamento. Como sempre, há livros para todos os gostos. Damos um destaque especial às obras As vidas impossíveis de Greta Wells, de Andrew Sean Greer, e Para sempre com meu filho, da Dra. Elisa Medhus. Confira abaixo os todos os lançamentos, escolha o seu e boa leitura!

Lançamentos de julho do Grupo Editorial Pensamento

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Lançamentos de julho do Grupo Editorial Pensamento

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Lançamentos de julho do Grupo Editorial Pensamento

Dia de matar porco, de Charles Kiefer - Editora Dublinense

Dia de matar porco, de Charles Kiefer - Editora Dublinense
Há um bom tempo não lia nada de Charles Kiefer, escritor do qual gosto muito. Devo dizer que o meu reencontro com este autor não poderia ter sido melhor, pois a obra Dia de matar porco, publicada pela Editora Dublinense, não perde em nada para os romances anteriores escritos por Kiefer, dos quais tanto gostei. Neste livro, vamos, aos poucos, tornando-nos mais e mais envolvidos com a história do narrador-protagonista, Ariosto Ducchese, um homem que acaba de sobreviver a um sangramento terrível, oriundo de um erro médico, que quase o levou à morte. Ninguém volta o mesmo de uma experiência de quase-morte. Ariosto, já se recuperando no quarto, vê sua mãe morta, em uma espécie de alucinação causada pelos remédios. Ou será mesmo o fantasma de sua mãe? 

Logo descobrimos que Ariosto carrega consigo, durante anos, a culpa por um erro cometido no passado. Algo que o fez afasta-se de sua família por longos 35 anos. Mas ao sair do hospital, suas lembranças e fantasmas do passado começam a persegui-lo. Ao acompanharmos as reflexões de Ariosto acerca de seu passado, vamos descobrindo mais sobre ele, filho de um casal de colonos, que vivia na cidade fictícia de Pau D'Arco com os pais e mais dez irmãos e que saiu de casa para servir no Exército e nunca mais voltou. Ficamos sabendo sobre um ritual da região, o qual o narrador chama de dia de matar porco, que consiste na iniciação dos meninos na vida adulta, sendo necessário para isso, matar um porco, que servirá de alimento para a família. Ficamos sabendo, também, a razão pela qual o nosso protagonista carrega tanta culpa, sentindo-se responsável pelos infortúnios da irmã Luíza. 

Dia de matar porco, de Charles Kiefer - Editora Dublinense
Ariosto tornou-se um Advogado bem sucedido, homem viajado, casado e pai de duas filhas. Divide um próspero escritório de advocacia com a mulher e a filha mais velha, ambas também advogadas. Mas após a passagem pelo hospital, é torturado por pesadelos que fazem com que a sua mulher o convença a empreender uma viagem de volta a Pau D'Arco, uma viagem de volta às origens. E enquanto acontece essa viagem de retorno à sua terra natal, acontece, também, uma viagem interior, na qual Ariosto se vê enfrentando o que há de mais sombrio em si mesmo. E ao rever um de seus irmãos, tem a grande revelação de que o ato cometido anos antes, que o fez carregar uma culpa imensa por tanto tempo, resultou em algo ainda mais terrível do que ele poderia supor. Para quem gosta de finais surpreendentemente bombásticos, esse livro é um achado.

Uma das coisas que mais aprecio na escrita de Kiefer, é o seu domínio e a sua habilidade incontestável com as palavras, sua forma elegante de escrever. Mas gosto, também, da facilidade que ele tem de me surpreender. O texto é muito tranquilo e agradável de se ler, até que descubro o que o personagem fez no passado para se sentir tão culpado e, então, embora já desconfiasse de que algo havia ocorrido, recebo um choque. Mas tudo bem, afinal é um livro do Kiefer, já estou acostumada. Porém, quando menos espero, ele apresenta algo que eu jamais suporia, e que me deixa por horas pensando no livro, após concluída a leitura. Seus títulos são sempre intrigantes, e este não é diferente. Claro, dia de matar porco é uma referência ao ritual anteriormente mencionado, mas qual não é a minha surpresa quando percebo que há uma relação com o desfecho tão inesperado do livro. Há, ainda, dois aspectos do livro que acho muito interessantes. Um é o fato de Ariosto trazer, no desenvolvimento da obra, algumas reflexões sobre o ato de escrever, já que o nosso personagem pretende contar a sua história, iniciando-se na carreira de escritor; a outra é uma brincadeira que Kiefer faz com um desentendimento que teria ocorrido entre o narrador e o escritor, ou seja, entre Ariosto Ducchese e Charles Kiefer, sobre questões autorais. O que posso dizer é que fiquei profundamente envolvida, encantada e, ao fim, apaixonada por Dia de matar porco. Recomendo o livro a todos que apreciem a leitura de uma verdadeira obra de arte literária.

Dia de matar porco, de Charles Kiefer - Editora Dublinense

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Pureza, de Jonathan Franzen - Editora Companhia das Letras

Pureza, de Jonathan Franzen - Editora Companhia das Letras
O livro Pureza, de Jonathan Franzen, da Editora Companhia das Letras, apresenta-nos a jovem Purity Tyler, ou simplesmente Pip, de 23 anos, que fora criada pela mãe, Penélope Tyler, completamente protegida do mundo. Mas a moça, após formar-se em jornalismo, resolve viver por conta própria em Oaklan, na Califórnia. O problema é a imensa dívida de Pip, 130 mil dólares, por conta do crédito estudantil, dívida essa que não pode ser quitada, já que a jovem trabalha em um subemprego, como operadora de telemarketing, em uma empresa que vende soluções no âmbito da energia elétrica. Pip vive em uma casa ocupada por integrantes do movimento ocupy. Não sabe quem é o seu pai. Sequer sabe o verdadeiro nome de sua mãe, pois Penélope Tyler é um nome falso. Embora Pip pergunte à mãe, inúmeras vezes, sobre a identidade de seu pai, Penélope recusa-se a revelar a verdade para a moça.

Embora Pip Tyler seja a nossa protagonista, a narrativa não fica todo o tempo centrada nela, passando a narrar sobre outros personagens de grande importância dentro da trama, todos relacionados à Pip. Na casa em Oaklan, que divide com outras pessoas que, como ela, não têm onde morar, Pip conhece uma ativista alemã que a apresenta ao Projeto Luz do Sol, liderado por Andreas Wolf, um filho da Alemanha comunista, que saiu de seu país após a queda do muro de Berlim. O Projeto Luz do Sol seria uma organização que espiona e divulga informações confidenciais de todo tipo, uma espécie de Wikleaks. Pip é convencida a estagiar nesta organização, passando uma temporada na Bolívia, levando consigo a esperança de descobrir os segredos que envolvem o seu passado e nome de seu pai. Temos ainda, como personagens importantes na trama, Tom e Leila, sua namorada, ambos jornalistas. Tom tem uma séria dificuldade de livrar-se da sombra de sua ex esposa, o que atrapalha o relacionamento com Leila.

Jonathan Franzen, em sua trama, faz-nos viajar entre o passado e o presente dos personagens e, ao narrar suas histórias, apresenta-nos um mundo de aparências e de papeis desempenhados, levando-nos a alguns questionamentos acerca do que é bem e do que é mal. Mostra-nos o quanto somos vulneráveis em tempos de internet. Seus personagens são intrigantes e bem construídos, demonstrando uma complexidade psicológica que poucos ficcionistas conseguem alcançar. A narrativa é densa, mas nem por isso deixa de ser agradável em suas reviravoltas. Não é uma leitura para se fazer correndo, pois é cheia de detalhes significativos que não devem ser ignorados, a fim de manter a riqueza da interpretação. Posso dizer que essa foi uma leitura que me despertou sentimentos diversos e, por vezes, antagônicos. Em alguns momentos, senti-me profundamente irritada com algumas atitudes da protagonista, Pip, mas em outros momentos, senti muita empatia por ela, o que considero um ponto positivo do livro, pois revela o quão humana é a personagem, e o quanto ela nos parece real. Pureza, de Jonathan Franzen, é uma ótima leitura para quem aprecia narrativas inteligentes e desafiadoras.

Para quem tiver interesse de ler um trecho da obra, a Editora Companhia das Letras disponibilizou em seu site, AQUI.

Pureza, de Jonathan Franzen - Editora Companhia das Letras

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Oposição, volume 1 da Série Stellium, de Thaísa Lixa - Chiado Editora

Oposição, volume 1 da Série Stellium, de Thaísa Lixa - Chiado Editora
O livro Oposição, primeiro volume da série Stellium, da escritora Thaísa Lixa, recentemente publicado pela Chiado Editora, é uma obra de fantasia que seduz desde a primeira página. O livro narra a história de Lilith, uma menina que, por sua aparência proibida, não é aceita na cidade onde vive, liderada pelos Deuses do Inferno, que subjugam os humanos. A questão é que, em virtude de uma maldição decretada pelo deus líder, Ahriman, como castigo por uma traição, as diversidades genéticas deixaram de existir, e todos os humanos passaram a ter a mesma aparência: olhos e cabelos escuros. Mas Lilith era diferente, com seus olhos e cabelos muito claros e sua beleza que chamava a atenção de todos. Por causa dessa diferença, a menina não era muito bem aceita em sua comunidade. 

Lilith vivia com sua mãe, Helena, e com sua irmã, cujo nome era Alice, em um lugar chamado Constelação. Assim como as demais pessoas que moravam em seu mundo, Lilith vivia sob o jugo dos já mencionados deuses do inferno. A partir de um determinado momento, Lilith começou a ter sonhos muito estranhos e frequentes, com um dos deuses, o que a deixou, além de intrigada, muito assustada, pois seus pais ainda não tinham contado nada à garota sobre os deuses. Então a menina resolveu compartilhar com Alice as suas angústias e preocupações. Percebendo o sofrimento da irmão, Alice resolveu contar à sua mãe o que se passava. 

Ao tomar ciência do que estava ocorrendo com sua filha, Helena pediu o auxílio de uma médica, e com o medicamento receitado, a menina conseguiu viver sem o sofrimento dos pesadelos por sete anos. Porém, uma dia, após uma brincadeira na chuva com Alice, Lilith adoece, tem uma febre muito alta. Ocorre que tal fato se dá justamente no dia em que houve uma convocação dos deuses, e Helena precisava ir. A solução era pedir a Alice que cuidasse da irmã doente, enquanto ela ia cumprir a sua obrigação. Após uma breve distração, Alice percebe que Lilith sumiu, e saiu em sua busca, encontrando-a em um lugar proibido, cujo acesso era permitido somente aos deuses. Ao alcançar a irmã, as duas desmaiam.

Oposição, volume 1 da Série Stellium, de Thaísa Lixa - Chiado Editora

Ao retomarem a consciência, perceberam que estavam em uma floresta, em meio à chuva e a febre de Lilith continuava alta. Acabaram por chegar a uma casa, na qual bateram até serem atendidas por uma mulher bondosa, que as recebeu prontamente. Logo perceberam que estavam em uma outra dimensão, na qual os seres denominados demnos mantinham humanos escravizados. A mulher, generosamente, esconde as meninas em sua casa sem revelar que se tratava de humanas. Então Lilith conhece Seth, um lindo demno que, demasiadamente fiel aos deuses do lugar, não aprecia muito os humanos. 

O que acontecerá a seguir? Só lendo para conferir, mas o que posso dizer é que vale muito a leitura. Oposição, de Thaísa Lixa, é uma obra repleta de detalhes, e cada um deles tem um sentido dentro da narrativa. É uma leitura muito agradável, que arrebata o leitor, transportando-o para dentro da história. Os personagens são bem construídos e muito cativantes, Lilith é simplesmente adorável. Uma obra que deixa um gostinho de quero mais (ainda bem que é uma série). Sem contar a capa, que está magnífica. Enfim, não posso dizer outra coisa senão que recomendo a leitura da obra.

Para saber um pouco mais sobre a obra: Skoob | Fanpage

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O acordo, da série Amores improváveis, de Elle Kennedy – Editora Paralela

O acordo, da série Amores improváveis, de Elle Kennedy – Editora ParalelaO acordo, primeiro livro da série Amores improváveis, de Elle Kennedy, publicado pela Editora Paralela, conta a história de dois universitários, ambos de 20 anos, que nada têm em comum, a não ser a aula de ética, que acontece na Universidade da Briar, uma das melhores dos Estados Unidos. Hannah Wells é uma garota centrada, estudiosa, objetiva e sarcástica, sabe o que quer. Com um passado obscuro, tenta conviver com as mudanças. Estudante de música, ela tem o talento para cantar, e irá participar do festival de inverno da universidade, em que concorrerá a uma bolsa de estudos, que sonha tanto em conseguir, pois não tem condições de manter-se na universidade. Mas ao fazer dupla com Cass, as coisas se dificultam, pois ele parece uma diva, e tenta deixá-la de lado e, assim, atrapalhar seus sonhos.

Garret Grahan é o típico personagem gostosão, desejo de qualquer garota, e um perfeito idiota à princípio. Ele é um jogador de hóquei, estrela da universidade, e está com um pequeno problema: sua nota na disciplina de Ética não é das melhores, e se isso não for modificado, terá seus sonhos arruinados. É então que ele precisará convencer a garota mais irritante, inteligente e linda a ajudá-lo. 

Mas Hannah não se rende ao charme de Garret, ele insiste incansavelmente para que ela o ajude, até que ele descobre o ponto fraco da garota. Hannah é apaixonada por Justin Kohl, um jogador de futebol da universidade, mas ela não faz o tipo do rapaz. Garret e Hannah fazem um acordo: Hannah o ajuda a estudar para tirar uma boa nota na prova de Ética e Garret fará com que ela tenha status e, assim, conquiste Justin. Ela aceita, e o acordo está firmado. Ele finge estar saindo com ela, frequentam festas e eventos juntos e isso faz com que os garotos fiquem loucos por ela, mas nessa brincadeira acabam ensaiando um beijo, e algo inesperado muda o rumo da história, e o acordo terá de ser refeito, já que não conseguimos mandar em nossos sentimentos.

O acordo, de Elle Kennedy, é uma história sensacional, divertida e levemente sexy, muito bem escrita. Impossível não se apaixonar pelos personagens.
O acordo, da série Amores improváveis, de Elle Kennedy – Editora Paralela

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